(Estórias de uma viagem ao Mayombe)
O tronc'oco é conduta par'água que se recicla nas operações mineiras (Buco-Zau). Quando assim acontece, a natureza reclama menos dos golpes, alguns rudes, que os seus gestores, homens, infligem contra si. E quando a actividade humana, imprescindível, reconhece repor a parte afectada da floresta, melhor ainda. Só se ganha em consciência colectiva e reposição do bem maior: vida!
O palácio que os holandeses deixaram na cidade mais a norte de Angola é um "monumento" que faz reflectir o quanto arquitectos e engenheiros civis já foram engenhosos (Cabinda). Felizmente, a consciência humana tem se esforçado em "perpectuar" para largos anos aquela marca secular de navegadores/exploradores que passaram por nós com algumas décadas de permanência.
Já comeu micate com jundungu? Em Belize é iguaria oficial na administração municipal. Quem for ao município mais setentrional de Angola e não provar dos micates e jinguba torrada é porque não se apresentou à administradora Suzana Abreu faz questão de dar a provar a seus hospedes temporários: micates, chá de kaxinde, jinguba torrada e jindungu. Houve quem tivesse feito sandes de micate, colocando jindungu no meio.
E o Mayombe, que beleza! Arvores que disputam o sol, esticando-se dia sim, anos tantos, sugando o humus das próprias folhagens recicladas pelo poder natural e intemporal. E, mais abaixo, polimetais que se escondem entre raízes fortes do Mayombe e águas fartas que se dirigem pachorrentas ao Atlântico.
É, sim, Cabinda do ananás que se diz melhor, do pau que se diz forte para levantar cansados e do kintweni sem adversários na doçura do ritmo, ao meu ouvido folclórico.
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