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quarta-feira, abril 10, 2013

DESABAFO DUM EX-PRATICANTE QUE ANSEIA POR AUTO-REGULAÇÃO NO JORNALISMO ANGOLANO

Há muito sem vem debatendo se "o jornalismo angolano é de facto uma classe".
 
No meu ponto de vista, falta coesão, falta uma entidade associativa forte e abrangente que leve ao processo de auto-regulação.
 
Tenhamos como exemplo os enfermeiros: têm uma ordem que regula o exercício da profissão, sejam eles de nivel básico, médio ou superior. Aliás, desapareceram os cursos básicos de enfermagem. E nem todos que usam batas nos hospitais são enfermeiros: uns saão maqueiros e ou assistentes de limpeza.
 
No jornalismo angolano, a coisa ainda está confusa. Kuduristas, simples locutores, e jornalistas de facto aparecem misturados na mesma "sopa". Todos dizem que são jornalistas, como se não fosse preciso escola e estrada para se ser, de facto, um jornalista; Como se o jornalismo fosse das profissões mais banais e irresponsáveis...
 
Torna-se ingente uma instituição que ponha ordem na coisa. Ou formação comprovada ou estrada comprovada que dê equivalência ao título. Quem não é jurista não exerce advocacia.
 
Quem não é formado em medicina e com cedula da ordem não exerce medicina em Angola. Até os psicólogos criaram uma ordem.
 
Que falta aos jornalistas para colocarem ordem na casa?

Com esse estado de coisas não me espantarei se um dia vier alguém lá do "morro" e extinguir a profissão de jornalista e a substituit por uns kuduristas ou propagandistas...

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