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quinta-feira, fevereiro 14, 2013

O AMOR NOS FOLGUEDOS DO MEU TEMPO

A kilata foi, calculo que ainda seja, uma forma de diversão entre populares do Kwanza-Sul (norte e centro da província).
Em tempos de guerra (anos 80 e 90), perante a ausência de formas mais evoluídas de diversão, os jovens tocavam batuques (feitos de latas, daí o nome kilata) e bujão (um tubo PVC, fechado numa das extremidades, que, quando batido ao solo, provoca uma ressonância). A estes instrumentos, muitas vezes, se juntava a viola de três cordas, também ela rudimentar, mas executada com uma perfeição e sonoridade só daquele tempo.

O cancioneiro era/é rico, e uma das canções se referia à concubina/rival.
 
Nas aldeias do municipio do Libolo, fez sucesso a canão que rezava:
- A mukajina ku ngi kwate bu xingo (bis)
- Ku ngi kwate bu xingo, eye wa ngi sange!
 

- Ó rival não me apertes ao pescoço; - Não me apertes o pescoço pois foste tu quem me encontrou já "amigada" com ele.
 
Ouvia-se ainda a canção "wombela", cujo refrão citava.
- Nange, nange, katé okyo wombela, (citava-se o nome de alguém) nange, nange katé okyo wombela!
(Tanto sobrou que foi forçado a violar alguém)

Música do Folclore kwanza-sulino dos anos 80 e 90 do sec. XX, tocada em "kilata" e outros folguedos.



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