O negócio da fé continua nos bairros de Luanda. |
Se não fosse a mulher que esteve mais atenta do que eu teria
chamado a polícia para “repor a ordem”. Ao ouvir os “aleluias e amens” pronunciados
em sotaque brasileiro, saídos de instalações que já acolheram armazém para produtos
coca-cola, igreja mundial renovada e posteriormente uma outra confissão que
atende pelo nome de igreja internacional do poder de deus, só uma ideia me veio
à cabeça: “Mas esses já não foram proibidos de negociar a fé em Angola”?!
-Marido, tem calma. Esses são outros, respondeu ela,
recebendo-me o telefone que já discava para o 113.
- Mas esses também não são “igreja do pastor Murras”?
- São. Melhor, devem ser. Mas esses não foram abrangidos
pela ordem do governo… Respondeu ela, também ainda algo chateada com o fecho da
sua “mundial do comércio da fé”, onde frequentava há cerca de mês e meio.
- Mas como foi que a comissão de inquérito se esqueceu de
arrolar estes charlatões?
- Marido, não fala assim. Deve ser a igreja do Rivaldo, o jogador. Sabes
com quem ele anda a negociar…
- Sim sei, mas deviam ser todos rusgados…
Esta pequena prosa, que é verdadeira,
só vem mostrar que os homens da rusga contra os vendedores de fé deixaram
alguns impunes e continuam a vender em alta e a granel, agora que a procura
parece ser maior do que a oferta, com o fecho dos principais "carteis do negócio
da fé".
Há como mandar os homens de volta ao
terreno?
Por favor, mandem aos bairros pessoas com experiência da S.T. e P.C.U. do antigamente!
Por favor, mandem aos bairros pessoas com experiência da S.T. e P.C.U. do antigamente!
1 comentário:
O pior e' nao ter ninguém que me expliquei se Jesus Cristo e' surdo... Nos meus lados, no Dangereux, tambem ha uma igreja que de tao alto que canta desencanta qualquer um... A quem cabe regular o volume dessas aparelhagens? Que falta faz o ST...
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