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terça-feira, agosto 29, 2006

SAURIMO


Assim se chama a minha nova terra que o destino me deu. Não que tenha trocado o meu Bango de Cuteca, no Libolo, onde até pertenço à realeza, ou que tenha trocado Luanda, terra que me criou e fez homem por Saurimo.
Contingências da vida profissional trouxeram-me cá. E por que não tê-la também como minha terra? pois, cá estou junto ao jardim do palcio.
Essa é a minha nova terra, a Capital da terra que me alberga desde Março último, numa rotação de 42/7.
Aqui a vontade de crescer contrasta com o poder. Na mesma sintonia o brilho do diamante com a vida dos populares, não fosse a "mão santa" da maior Diamantífera da região. Mas o povo crê que dias melhores virão com esperanças depositadas na energia eléctrica da Hidro-Chicapa em construção.
Quatro simples meggas que podem mudar muita coisa. Pequena indústria que promete mais emprego e mais pão à mesa reformada do garimpo controlado.
Enquanto isso espera-se também ansiosamente nas graças divinas do oriente chinês com mais casas e estradas reclamantes de novo alcatrão. Por outo lado, a "santa diamantífera" projecta bairro para trabalhadores que o vão amortizar lentamente com salários. É o leste a crescer, a minha nova terra que o jornalismo me deu.
Soberano Canhanga

2 comentários:

rmc disse...

Parece ser uma bonita terra, um lugar encantador, pelas palavras que a transcrevem. Que tudo consigo correr pelo melhor e fazer dessa terra a germinação de novas gerações e o acolher de tudo aquilo que faça a crescer.

greentea disse...

já por lá passei e já vivi lá por perto - contingências profissionais...

em Luanda tb andei alguns anos e desloquei a outros locais - saudade sem fim de terras africanas.
um abraço