Hoj'acordei ao relógio da mulher que trabalha no órgão administrador de eleições. Tinha o dever de levar a minha mãe, que pernoitou em nossa casa, à sua Assembleia de Voto, ao Rangel, e, depois, exercer o meu direito cívico de reeleger o Presidente de Angola para os próximos 5 anos.
Hoje, quando voltávamos do Rangel, escola Sagrada Esperança, onde a ajudei a pôr o Xis no Movimento, ouvíamos a RNA e, a certa altura, o locutor falou em oito candidatos a Presidente da República.
Muito séria, a minha mãe perguntou-me no seu Kimbundu:
- Já são oito que querem a coroa real?
Respondi que sim.
- Eu, desde criança, só conheço três: o MPLA do Agostinho Neto, a Unita e a Fê-nê-lá do Mobuto. Os outros cinco lutaram aonde?
_ Não lutaram. São novos. Dois saíram da unita. - Respçondi.
- Eh! O dinheiro vai matar as pessoas. Você que não "xotou" o kaputu e também quer que te escolham como rei? Isso não é só buscar dinheiro?! - Exteriorizou, sempre no seu Kimbundu.
Quando eu ainda processava o alcance daquelas palavras, o meu filho Arlindo, que acompanhou a avó ao voto, pediu a tradução, o que fiz milimetricamente.
Depois, foi a minha vez de ir votar, na Casa da Juventude, em Viana.
Vamos fazer, de seguida, a "festa das eleições de 2022". A ordem foi: votou, bazou, festejou!
Sem comentários:
Enviar um comentário