A nossa atitude em
relação à forma como encaramos os desafios que se nos são impostos determina os
êxitos e ou OS fracassos na caminhada e desenham o nosso futuro.
Estabelecendo paralelismos entre a vida humana e o mundo animal, verificamos que o futuro de um herbívoro depende da existência de água, relva ou pasto e sagacidade em fugir dos predadores. O futuro dos carnívoros depende da sua perspicácia e coragem em atacar, até os animais mais corpulentos, e da resistência e persistência. Diria mesmo, resiliência. Assim também é o futuro das pessoas e das organizações que precisam de explorar as crises e os desafios, fazendo deles oportunidades, contornando com galhardia cada obstáculo que surja.
Estabelecendo paralelismos entre a vida humana e o mundo animal, verificamos que o futuro de um herbívoro depende da existência de água, relva ou pasto e sagacidade em fugir dos predadores. O futuro dos carnívoros depende da sua perspicácia e coragem em atacar, até os animais mais corpulentos, e da resistência e persistência. Diria mesmo, resiliência. Assim também é o futuro das pessoas e das organizações que precisam de explorar as crises e os desafios, fazendo deles oportunidades, contornando com galhardia cada obstáculo que surja.
Como
você encara os desafios que se lhe são impostos no seu dia a dia? Cruza os
braços como o cordeiro cansado de fugir dos seus predadores e que se entrega à
fome do lobo? Faz da presença do um perigo uma oportunidade para ensaiar a sua
velocidade, destreza e resistência!
Pois, então imagine o
que acontece com os corpulentos elefantes quando a sua manada se depara com a
presença de um faminto e franzino leão. Imagine agora o tamanho, a força e o
peso de um elefante, perante um leãozito franzino e faminto.
Apesar de toda a sua imponência,
acontece que o elefante, encara a presença do leão como um perigo à sua
integridade física e, em vez de enfrentar o intruso de forma frontal, vira de
costas, acusa o complexo de inferioridade, acobarda-se e sai correndo em
debandada.
-
Ali está o rei. – Diria o elefante, se fosse um ser
pensante e dialogante.
O leão, vendo os
elefantes em retirada, acusa o complexo de superioridade e logo aponta uma
oportunidade para saciar a sua fome.
-
Comida! – Gritaria ele, se fosse racional.
É exactamente o que
acontece na selva. A cobardia de uns, mesmo beneficiados em tamanho, redunda em
oportunidade de saciar a fome para outros ainda que de menor compleição física.
A crise para uns é oportunidade de melhoria para os sagazes, inovadores e
resilientes.
E como você encara então a falta de material de
escritório, a falta de transporte de recolha, a perda do poder de compra dos
salários, entre outras dificuldades derivadas da falta de dinheiro nas
instituições e nas famílias?
Ao se deparar com os
desafios que se colocam à frente de si, você
diz que ali está uma oportunidade de melhoria?
Busca soluções inovadoras, produtos e saídas alternativos para fazer o que
sempre fez em tempos de fartura, ou usa a táctica do elefante que se põe em
fuga, perante a presença de um filhote de leão, deixando desprotegidas as suas
crias?
Como dizia um
pregador duma igreja protestante em Angola, “nada está perdido, enquanto não nos comportarmos como o fugitivo
elefante”. Não acantonemos a mais bela e mais rica ferramenta de que somos
possuidores, o cérebro.
Quantas vezes você
desistiu, por falta de um pouco mais de coragem ou desconhecimento, quando estava próximo de
atingir a meta? Você vai repetir a dose? Pense,
inove, resista até ao limite de suas forças. É consabido que a necessidade aguça a arte ou o engenho. Encontremos então, todos os dias, ideias
novas e soluções inovadoras para a crise financeira e material que nos assola. Refinemos
também os laços de solidariedade
institucional e pessoal para que a nossa locomotiva caminhe sempre sobre os
carris. De que nos adianta
andarmos aparentemente cómodos no vagão de trás de um comboio se noutro vagão,
que vai em frente, as rodas estiverem calcinadas? De repente, elas podem deixar
de deslizar sobre os carris e afectar também a nossa viagem.
O homem é um ser
gregário e solidário que necessita da associação, cooperação e interdependência
com os seus semelhantes para realizar os seus intentos e da colecttividade em
que estiver inserido. Se é inteligente nos unirmos em momentos de fartura, tal deve ser mais ainda nos tempos de
carência. Busquemos, então, aliviar as dificuldades e os sofrimentos dos outros que menos têm com aquilo que
sobra do suprimento de nossas necessidades e que podemos dispensar ou ceder.
Já
imaginou quantos vivem de descartados ou mesmo em descartados? Já
pensou que os seus descartados podem ser materiais úteis e utensílios de grande
valia para aqueles que pouco ou quase nada têm? O melhor ensino é o exemplo (Nelson Mandela). Demonstre isso em
casa, no serviço e onde quer que esteja e verá que os beneficiários das suas
acções solidárias exibirão um outro sorriso mais luminoso. Ficar-lhe-ão
imensamente gratos e você seguirá em frente com a alma mais reconfortada.
Tal como as
carruagens de um comboio que fazem parte de uma mesma composição locomotiva, assim
são também os nossos órgão institucionais que são partes de um mesmo Departamento
ou Organização que deve funcionar de forma integrada e harmoniosa e com a mesma
velocidade entre os seus componentes. As distintas áreas de uma organização estão
tão interligadas que se parecem às engrenagens de um relógio. Bastará que um dos
carretos de uma engrenagem se quebre para que o relógio deixe de marcar as
hortas certas.
Já pensou no que vai
fazer hoje, de diferente, para que a sua jornada laboral não sofra quebra?
Erga o rosto e diga aos desafios que atravessarem o seu
caminho que eles serão como o elefante fugitivo: comida para o leão faminto.
São uma oportunidade para a melhoria contínua dos seus processos.
Obs: Texto Publicado no Semanário Angolense a 30.10.2015
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