Os nascidos em Angola e hoje residentes em várias partes do planeta têm
e alimentam um forte sentimento de pertença ao país e às circunscrições nativas, ajudando cultural e
espiritualmente para a elevação das localidades em que nasceram. Ajudam os
que cá ficaram e promovem seus feitos ao nível internacional.
Isso é excelente.
Os artistas, dentre os que ficaram, vão transmitido aos que
partiram, através da música, literatura, escultura, pintura, cinema, etc., os
aspectos marcantes do país e das circunscrições fazendo-os conhecer ao nível mundial e incentivando o surgimento de novos
valores ao nível das artes e até mesmo da política.
Isso é bom.
Dentre os que ficaram, alguns dos que mandam nas circunscrições,
perderam, entretanto, o gosto pela arte e pela elevação cultural.
Artista?
Para que te quero?
Para que serve?
Que vantagens materiaistraz?
Artista?
Para que te quero?
Para que serve?
Que vantagens materiaistraz?
Só isso pode justificar que um libolense com quatro livros
publicados lance, em primeira mão, dois em Luanda, um em Saurimo e outro no
Kuito; tenha um livro patrocinado pelo Governo do Bié e nunca tenha recebido sequer um
convite das autoridades de Sumbe ou mesmo de Kalulu, com excepção duma presença
no FestiCalulo 2012, organizada pelos libolenses na diáspora.
Assim vamos tratando os que connosco ficaram na construção
do país e das circunscrições ...
Pedra cimento e cal são tão necessários quanto as artes que
mostram e levam um povo, uma comunidade, ao convívio universal.
Pensemos também nisso.
Não estar atentos aos artistas ou aproveitar-se deles apenas
para fins propagandísticos "é kapion", como cantaram Beto e Moniz de
Almeida.
Por isso, também merecem o voto do leitor desse desabafo.
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