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sexta-feira, dezembro 07, 2012

TERRA DO FUTURO LANÇA EMPREENDEDORES AGRÍCOLAS

Engºs Marques e Débora
Na comuna do Kariango, Municicpio da Kibala, num local coberto de vegetação, 22 km fora da Estrada Nacional 240, em direcção ao Mussende, fica o Projecto Terra do Futuro, lançado em 2009.
Possui um centro de formação, alojamento para técnicos expatriados e nacionais doutras regiões, um centro médico, dormitórios, diversos equipamentos e infraestruturas de apoio à actividade agrícola. O Projecto terras do Futuro, iniciativa privada, funciona ainda como uma espécie de inseminadora de fazendas agrícolas detidas por jovens agrónomos criteriosamente seleccionados.
“Depois da licenciatura fizemos um teste e os aprovados fizeram um curso de sete meses onde aprendemos, para além de técnicas agrárias, a gestão de empreendimentos agrícolas. Entre os dez jovens fazendeiros, uma delas se destaca:
Débora Manuel é uma engenheira agrária que também se forma em contabilidade e auditoria na Universidade Metodista de Angola.
É das poucas fazendeiras do Projecto Terra do Futuro (médias fazendas, adjacentes ao Projecto financiado belo BDA.
Abordei-a ao volante da sua Hilux, próximo do Centro médico, Débora, entre os 29 e 31 anos, é natural do Huambo onde se licenciou em agronomia pela faculdade de Ciências Agrárias da UAN e onde ganhou o gosto pelo campo.
Área administrativa Proj. Terras do Futuro
“Sempre gostei do isolamento e aqui aplico o que aprendi na universidade como também tenho a possibilidade de ser empresária agrícola. Cada dia há troca de experiencias ente nós e isso fortalece-nos”, disse ela quando questionada se não se sentia incomodada estando a residir no meio da vegetação.
Apesar do entusiasmo há também solidão. Débora que cultiva milho e feijão nos seus 200 hectares fez um desabafo: “Penso em constituir família, mas aqui faltam candidatos à altura”.
José Marques, engenheiro agrónomo natural de Luanda e com família constituída, é outro fazendeiro que recebeu um crédito do BDA. Como Débora está orgulhoso do que faz e conta que “o crédito é foi feito a um grupo de dez jovens, em apenas uma conta monitorada pelo Projecto Terras do Futuro. Cada um tem um fundo de maneio que tem de gerir com responsabilidade e e produzir o máximo que puder”, explicou.
À semelhança dos demais colegas, recebeu uma casa de campo, uma carrinha, um tractor com alfaia agrícola completa  e outros imputs que lhe permitem lavrar os 200 hectares recebidos do Projecto Terra do Futuro. No fim da colheita, o mercado está garantido (PTF) e o investimento recebido é para ser descontado colectivamente e de forma faseada. “Quando terminarmos de liquidar os empréstimos seremos donos e senhores de nossas vidas”, disseram Débora e José Marques.
No total, segundo o programa do Projecto, serão 60 jovens empresários que deixam a cidade para fazer o campo produzir.

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