_ Quanto é? _ Questionei.
_ Espera. Vamos chamar o dono.
Antes mesmo que o dono chegasse, alguém se apressou em apreçar os banquinhos que ajudam as mamãs batedoras de funji (em minha casa são as minhas filhas Evelise e Princesa quem fazem o principal alimento caseiro do papá).
_ É 300. _ Ouviu-se uma voz colada a uma palmeira. O teeneger nem sequer mostrou a cipala.
_ Faz duzentos e cinquenta, jovem, e levo os quatro banquinhos.
_ Não dá. O dono não está. _ Retorquiu, sempre com o rosto ausente.
Não tardou, chegou o Dimingos, alegre e comunicativo. Mostrou a "montra toda": um conjunto de sofás e mesa de centro e outro sem a mesinha que custava quinze mil Kwanzas. A "mobília completa da sala de visitas" custava cinco mil a mais.
Doeu não possuir espaço suficiente na viatura para levar o artesanato do Domingos que aprende com o seu mano a reprodução dos sofás, usando material local.
_ É tudo com bordão, mano. Não entram pregos nem parafusos de metal _. Explicou.
Não podendo levar o conjunto, acabamos consolados, ele e eu, com a compra dos quatro banquinhos distribuídos, posteriormente, entre a casa da minha mãe e a minha. Um saco de fuba de milho amarelo, comprado no aldeamento do buta muntu Mawete, e uma lebre comprada nas proximidades de Ndalatandu completaram as oferendas à Nga Madya que fechou setenta e seis kixibo (cacimbos) no décimo terceiro dia de Maio.
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