A urbe é que continuava com a vida de sempre: poucos andando pelas ruas da vila, poucos no parque/jardim, poucos carros circulando, muita gente nas kitandas e casas de venda de kapuka e muito poucos turistas forasteiros.
Sem pressa, percorri a vila de Seles pelas quatro extremidades (pontos cardeais). A rua asfaltada (recente) que vai para sul foi transformada em kitanda, dificultando a circulação automóvel. Pior do que isso, é a acumulação de montes de lixo no eixo da via. Para mim foi a nódoa em pano branco e vigem.
Notei também que, a par da Kibala, Seles terá sido a vila mais destruída pelos ataques da guerrilha nos anos que se seguiram à nossa independência (1975). As marcas estão visíveis nos edifícios dinamitados, alguns tombados e outros suspensos pelas ferraduras, e que reclamam por implosão, para que não continuem a se constituir em perigo permanente aos transeuntes e aos que buscam por sombra, quando acossados pelo sol intenso na região.
As ruas da parte urbana apresentam-se limpas e estendem-se longas e largas, denunciando um projecto de cidade na sua génese.
Seles fica a 75 quilómetros do Sumbe e 29 da Konda. A comuna ukwense de Amboiva acha-se a 58 quilómetros, na EN 145.
Saindo para o Sumbe ou Konda, você vai circular por estradas implantadas sobre serras com grandes declives e curvas apertadísssimas que demandam destreza, atenção e experiência ao volante. Sem esses acidentes naturais está a EN 245 que junta Seles a Kasonge, sentido sul.
Reza a História que Seles, capital do município do Uku, província do Kwanza-Sul, foi elevada à categoria de vila em 1914.
Sem comentários:
Enviar um comentário