A família rica abastecia, conforme as suas enormes possibilidades, o seu filho único e explicava o fazia para ter os bens e o dinheiro de que dispunham, ensinando ao filho como proceder para duplicar e triplicar os haveres. Fruto dessa comunicação permanente, o Jojó conhecia as rotinas e esforço empreendido pelos pais para ter o que usufruía.
Por seu turno, Dodó, nascido em família pobre a pobre, não passava do bombo com jinguba ao matabicho. Mesmo assim, os pais de Dodó explicavam as desgraças por que haviam passado, o esforço que faziam para viver e se recompor, enfatizando também quanto ganhavam e o que pretendiam para o futuro do filho. Dodó, pobre, ouvia, acatava e compreendia. Sabia que tinha menos do que Jojó, cujos pais eram abastados. Tinha consciência de que apesar de ter um amigo resmungão, também tinha menos que Mané, o filho do comerciante Manuel Silêncio, que vivia permanentemente a reclamar dos pais.
Manuel Silêncio era um comerciante com posses médias. Talvez por causa do tempo que não tinha ou por ser sua natureza, poucas vezes se sentava à mesa com o filho, explicando o que fazia, o ganhava e o que podia gastar. A falta de informação fazia de Mané um permanente insatisfeito, mesmo quando os país proporcionassem para ele alguns bens que podiam ser extravagantes para o pobre do Dodó.
Mané pensava que até Dodó vivia melhor do que ele pois nunca reclamava dos pais enquanto brincavam.
Sabe onde reside a diferença entre estes três meninos?
Diálogo. Comunicação entre os integrantes da organização ou família.
Quando não se informa o que se tem e como se obtém, até os ganhos são colocados no "saco das perdas". É preciso ressaltar os ganhos mantidos e ou agregados nesse tempo de crise, a fim de serem conhecidos pelos integrantes da organização e servirem de elementos potenciadores de motivação.