Nunca entendi por que razão Agostinho Neto escolhera Lucapa como "futura" capital da novel província criada em 1978 e por que a nova centralidade foi erguida no Dundo, mais distante de Luanda, do que Lucapa. Nem cheguei a descobri-lo nessa primeira entrada na "penúltima cidade do nordeste". Apenas pude contemplar a exuberância da planura do espaço que "mano António" quis como capital da "Lunda wa kusangu". Um espaço que se estende de norte a sul e do leste a oeste afundando-se em ribeiros que tanto supririam a cidade de água potável, como conduziriam as descargas pluviais aos afluentes do Nzadi até chegarem ao grande "kalunga lwiji".
- Bom dia, mano. A viagem está a correr bem? - interpelou o policia.
- Sim , chefia. Respondi-lhe com atenção. Mas ele se dirige ao lado oposto e coloca as mesmas perguntas aos meus passageiros.
- O mano não abre a boca? Questionou o policia ao meu acompanhante que ocupava o assento traseiro.
Lembrei-me que era um teste para se certificar se éramos nacionais ou não, sem que fosse necessário pedir os nossos documentos de identificação. Provoquei uns gracejos e os meus dois passageiros abriram as bocas, ensaiando um português sem sotaque afrancesado.
- Podem seguir. Boa viagem. - Ordenou o polícia, três riscos em cada ombro, ao que obedeci.
Minutos depois cruzávamos Lucapa ...
Nota: Texto integral publicado no Semanário Angolense de 05.06.2015.
- Bom dia, mano. A viagem está a correr bem? - interpelou o policia.
- Sim , chefia. Respondi-lhe com atenção. Mas ele se dirige ao lado oposto e coloca as mesmas perguntas aos meus passageiros.
- O mano não abre a boca? Questionou o policia ao meu acompanhante que ocupava o assento traseiro.
Lembrei-me que era um teste para se certificar se éramos nacionais ou não, sem que fosse necessário pedir os nossos documentos de identificação. Provoquei uns gracejos e os meus dois passageiros abriram as bocas, ensaiando um português sem sotaque afrancesado.
- Podem seguir. Boa viagem. - Ordenou o polícia, três riscos em cada ombro, ao que obedeci.
Minutos depois cruzávamos Lucapa ...
Nota: Texto integral publicado no Semanário Angolense de 05.06.2015.
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