Ainda por reabilitar. Proximo do Dundo |
É
indubitável. O desenvolvimento passa pelas estradas!
Há
alguns anos, fruto do conflito armado e da destruição das vias ferro e
rodoviárias o país era visto como demasiadamente logo. Tudo ficava distante.
Esta
distância que podia durar uma semana de percurso ou mesmo insuperável por terra
é hoje superada em horas, nalguns casos.
Saurimo
e Dundo, cidades do nordeste Angolano estão separadas por pouco mais de 370 Km
percorridos hoje entre 5 a 6 horas. Ainda é muito tempo que se perde a
contornar pequenos obstáculos, numa rodovia que varia entre o bom e o mau.
Porém o início das obras de requalificação e alargamento da Estrada Nacional
180 é um bom passo. E a distância começa a encurtar-se, uma vez que ela já foi
bem maior.
De
Saurimo à ponte sobre o rio Pelenge, passando pelo desvio de Catoca, os
trabalhos permitiram já o alargamento da plataforma para 11 metros. O sinuoso
troço até ao Luó ganhou um “tapa buracos” embora o material usado na empreitada
(empréstimos pedregosos) impeça um transito rápido. É de entender que a
característica geomorfológica dos solos não ajuda muito por ser arenosa e de fácil
decomposição uma vez aplicada na rodovia, razão pela qual se recorre ao
material supracitado.
Troço reabilitado e alargado |
Do
desvio do Lucapa ao Kamissombo, cerca de 60 km, o tapete é recomendável. Novo e
em boas condições, acontecendo o mesmo já à chegada ao Dundo onde o trabalho de
alargamento e resselagem da estrada progride em direcção ao Sul.
Para quem faz o percurso pela primeira vez, uma
chamada de atenção: a estrada está num espaço intermédio entre os rios Luachimo
e Chicapa que correm paralelos em direcção ao norte. Há poucos rios que cortam
a estrada, pelo que a água para o radiador ou outras necessidades tem de ser
levada a bordo. Num espaço de 370 km há apenastrês rios que interceptam a
estrada e em intervalos bastante prolongados.
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