Andei por Malanje e Kwanza-Norte. Adentrei municípios, comunas e aldeias interiores, onde os passageiros de carros que passam apressados não se dão conta da existência de gente que trabalha, que devia estudar em condições melhores e que luta contra o sol, contra a fome, contra a falta de rodovias e contra o frio.
Em Kambunze (Malanje) e Ndanji-ya-Menya (Kwanza-Norte), só para exemplificar, vi imagens como esta (foto tirada na comuna de Ndanji-ya-Menya ou Dange ya Menha). Repare o tecto do equipamento social erguido pelo Fundo de Apoio Social, FAS. Ninguém faz nada?!
Como este vi muitos: mercados comunitários (em maioria), escolas e equipamentos escolares (alguns ainda com tinta fresca) estão sem tectos. Levado pelo vento, pelas mãos larápias ou por ambos?
E a comunidade vê e não reage? A autoridade do Estado inexiste? A administração local não repõe, quando é acção de força natural do vento? Não põe ordem com as forças para a manutenção da ordem, quando são mal intencionados destruidores de coisa pública quem arrancam os tectos?
É conhecido o destino de carteiras, quadros, secretárias, sanitas e outros meios das escolas sem cobertura?
É amparado o material médico de postos e centros de saúde visitados pelo vento e ou mãos gatunas de cidadãos que podem ser localizados e castigados à medida dos seus actos?
Infelizmente, tenho apenas olhos que vêem e mente que pergunta.
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