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domingo, março 01, 2020

O DISCURSO JORNALÍSTICO DE ENTÃO

1- A coca-cola faz publicidade todos os dias, conciente de que todos os dias há novas pessoas que ganham consciência de consumo e de branding.

2- A media angolana do último quartel do Sec. XX fazia de seus lugares comuns temas de conhecimento transversal, a exemplo da água, sol, chuva, estrelas e lua que não precisam ser recordados aos novos seres pensantes.


Ora vejamos: a Resolução "quatro_três_cinco, barra setenta e oito, do Conselho de Segurança da ONU" era citada todos os dias na Rádio Nacional (única na década de 80 do sec XX), sem que os jornalistas se dessem ao trabalho de explicar o que ela mandava.

Meninos curiosos e interessados em política como o autor dessa prosa limitavam-se a recitar tais chavões a que se acrescentavam adjectivos e epítetos.

Vou citar alguns exemplos:

- Aviação racista sul-africana (os aviões eram racistas?)

- Bombardeamento a sul do paralelo 14 (onde é?)

- Violação do solo pátrio (hum?)

- Os fantoches do imperialismo (traz o dicionário)

- Caudilho (tem cauda?)

- Megalómano (homem grande?)

- Guia imortal (levava os meninos à pratica de salto imortal?)

- Processo 105/83 (quem eram e que faziam?)

- Nós somos a "classe proletariado" (ah, afinal só sabiam fazer filhos?)

- O Ministro na penitenciária trata os detidos por "camarada presos" (ah, são da igualhagem?)


Cite você outros lugares comuns de que se lembre.

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