Verona. Será vero? Sim. Cidade da pietra é. Basta ver os edifícios clássicos e medievais carregados de sumptuosidade no seu interior. Palácio-fortalezas conservando história de povos e homens. Aqui, onde a civilização saxônica e sua extrema - direita são visíveis, é a pedra quem mais fala nas ruas calçadas, nos passeios de "pietra" e na feira anual. Mas as noites também têm mística. Há um largo que não dorme. Restaurantes atendem gostos múltiplos, sem parar, ...os comensais de todas as proveniências ao olho, sempre atento, da "Armata" as FAA daqui.
A cortar o subsolo, cochicha o metro, ao passo que o nosso gás de cozinha e que na banda atende o roncar de potentes geradores é combustível para autocarro articulado. Quanta saudade do "wawa 33", articulado, do Nzamba 1 ao Beleizão?! Mas aqui os machimbombos são mesmo movidos a gás natural que se prepara para ceder lugar à energia eléctrica como já vai acontecendo na próxima Alemanha.
De dia e de noite, o largo adjacente à "câmara comunal", sempre cheio com acrobatas e homens de afinados instrumentos de percussão, cordofones e aerofones.
Ao sol enfrenta o monumento secular de pietra, Anunciando de metro a metro que estamos em Verona.
Um rio sem pressa, vinhas à volta, e inúmeros ramais para irrigar os campos, corre cidade abaixo, espalhando ao longo do seu leito beleza inigualável, repartida com sumptuosos palácios rurais, periurbanos e citadinos. Só encantos de promover sono de pedra lançada ao poço!
Quanto a mim, com a infância rodeada de rio e florestas, nunca, em minha vida lúcida, tive uma noite assim, dormir que nem pedra em "uma floresta" e não ouvir sequer o chilrear de um pássaro, o cantar de um galo, o apitar incómodo e estridente de um grilo ou mesmo o miar de uma gata no cio.
Paz excessiva? E os bichos do mato? Os hóspedes de casa? Ah! Cansaço talvez. Há duas semanas que parte da vida tem sido (des)feita em aviões. Sonos por dormir. Pratos por comer. Bebidas por sorver e até massagens por conferir. O país aos seus bons filhos tem negado pausa laboral. Há muito que ficou por ser feito e que tem de ser feito agora, sem mais demora. Entre beleza, requinte no acolhimento e falência do carpo, sim, Verona pôde dar-me uma noite de paz. Um desligamento total sem memória.
A cortar o subsolo, cochicha o metro, ao passo que o nosso gás de cozinha e que na banda atende o roncar de potentes geradores é combustível para autocarro articulado. Quanta saudade do "wawa 33", articulado, do Nzamba 1 ao Beleizão?! Mas aqui os machimbombos são mesmo movidos a gás natural que se prepara para ceder lugar à energia eléctrica como já vai acontecendo na próxima Alemanha.
De dia e de noite, o largo adjacente à "câmara comunal", sempre cheio com acrobatas e homens de afinados instrumentos de percussão, cordofones e aerofones.
Ao sol enfrenta o monumento secular de pietra, Anunciando de metro a metro que estamos em Verona.
Um rio sem pressa, vinhas à volta, e inúmeros ramais para irrigar os campos, corre cidade abaixo, espalhando ao longo do seu leito beleza inigualável, repartida com sumptuosos palácios rurais, periurbanos e citadinos. Só encantos de promover sono de pedra lançada ao poço!
Quanto a mim, com a infância rodeada de rio e florestas, nunca, em minha vida lúcida, tive uma noite assim, dormir que nem pedra em "uma floresta" e não ouvir sequer o chilrear de um pássaro, o cantar de um galo, o apitar incómodo e estridente de um grilo ou mesmo o miar de uma gata no cio.
Paz excessiva? E os bichos do mato? Os hóspedes de casa? Ah! Cansaço talvez. Há duas semanas que parte da vida tem sido (des)feita em aviões. Sonos por dormir. Pratos por comer. Bebidas por sorver e até massagens por conferir. O país aos seus bons filhos tem negado pausa laboral. Há muito que ficou por ser feito e que tem de ser feito agora, sem mais demora. Entre beleza, requinte no acolhimento e falência do carpo, sim, Verona pôde dar-me uma noite de paz. Um desligamento total sem memória.
Publicado pelo Jornal de Angola, 07 Outubro 2018
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