Oka pousando com um ex-colega da primária |
Oka estudou, meteu-se na política e fez-se homem. Mas o sofrimento, no campo, a vida no campo é "sofrimento", estava-lhe no sangue. Enveredou pelo comércio, serviços e show bisi. A aventura pela agricultura nasceu aos 46 anos.
Hoje, sexagenário, Oka é agropecuário com largas centenas de bovídeos e milhares de hectares agricultados.
Na fazenda, em Cambau |
Para os adubos que custam dólares, Oka encontro uma solução local, criando uma unidade de produção de adubo orgânico: caca de galinha, dress (de cevada) e casca de café. É desta forma que poupa dólares ao mesmo tempo que sonha com "as verdinhas" resultantes das vendas além Angola.
- Já temos contactos avançados e em 2020 deveremos atingir a produção plena em centenas de milhares de toneladas por espécie de frutas. O investimento que conta com uma represa e irrigação gota-a-gota, para além da desmatacão, preparação dos campos, compra de equipamentos agrícolas e ordenados, está avaliado em dezenas de milhões de dólares. Mas Oka é optimista.
Caca de galinha sem cheiro peculiar |
É isso que o mantém animado em Cambau, Mulundu (Ndala Kaxibu), Ebo e Assango. Mas Oka não pensa apenas no que os seus descendentes hão-de colher.
Cresce com os povos que o vêem empreender. Colabora intensamente com as administrações locais e, por via da sua responsabilidade social, requalifica aldeias, tomou o desafio de reparar 250 Km de estrada terciária/ ano como emprega os aldeões próximos de seus investimentos agropecuários e turísticos. Em breve, a foz do Queve vai ser valorizada.
Ex-cozinheiro conta peripécias |
- Os retornos são para breve. Mas as necessidades das populações são de ontem. Afirma - Confiante.
Oka é homem do povo e conhecido dos políticos. Com eles colabora e se entrega.
Quissongo, Ebo, Assango, Ndala Kaxibu, Amboim, entre outras paragens dessa imensa Angola que não dorme.
Poucos voltam ao local onde sofreram. Bem haja!
Texto publicado no jornal Nova Gazeta de 09/11/2017, pg 06.
Texto publicado no jornal Nova Gazeta de 09/11/2017, pg 06.
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