Depois de 21 anos de paz precária (sem a completa
desmobilização e integração das forças da Renamo no exercito e polícia
nacional) entre O Governo e o maior partido oposicionista, RENAMO, a guerra
civil pode voltar ao país lusófono do Índico africano onde as forças armadas
tiveram de atacar e ocupar a base militar de Afonso Dlakama, o líder guerrilheiro
que já havia excluído, numa entrevista, um fim semelhante ao que teve o ex-guerrilheiro angolano
Jonas Savimbi.
Dlakama que há 21 anos vem mantendo um discurso de “semi-paz
e sem-guerra”, com ataques a viaturas e esquadras policiais por si reivindicados,
foi forçado a se pôr a monte pelas forças governamentais de Moçambique, segundo
relatos da imprensa internacional.
Está a monte e renunciou à paz de Roma 1992 |
Só espero que depois de ter iniciado uma empreitada para a
qual julgo NÃO ter apoios internacionais, nem força física e
psicológica, consiga rapidamente atirar a “toalha ao tapete” e pedir clemência
para que não vá à terra mais cedo e fazer companhia ao “Jaguar Negro”.
Seja de grande ou de pequena intensidade, uma guerra é guerra.
É destruição e morte. É o povo, capim
entre dois elefantes, quem mais sofre. São os agitadores, os fabricantes e
vendedores de armas, que se alegram a custo de quem padece ad eternun.
Lamento profundamente pelos moçambicanos que não merecem outra
guerra injusta, depois dos desastrosos anos de guerrilha patrocinada pelos racistas sul-africanos
entre 1975-1992 (acordo de paz de Roma a que Afonso Dlakama acabou de renunciar).
Por fim, espero ainda que, embora seja legal um pedido de apoio
militar entre os dois governos democraticamente eleitos, não viagem
angolanos para o Índico como aconteceu nos Kongos, em anos de memória recente.
Há sempre quem volte incompleto ou quem não volte vivo…
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