Diz o B+a=ba do jornalismo que é um dos critérios de valorização da notícia ou de noticiabilidade de um facto, a sua proximidade (geográfica, ideológica, cultural, enfim). Geografia significa a identificação entre o homem/receptor e o facto.
À medida que a distância se for prolongando, mais a importância se dilui no espaço, restando apenas pequenas ilhas (exemplo: alguém do Huambo residente em Luanda ou de Luanda com familiares no Huambo se interessar por questões domésticas de lá).
No caso das rádios em FM este que seria um elemento de apego no alinhamento das notícias, há muito se perde. É só ouvir noticiários abertos com reparação de uma estrada terciária em Cabinda ou sobre um seminário qualquer no Lubango, ou roubo de carro no Moxico, e outras "coisinhas" em Benguela, quando em Luanda, onde está a Rádio, os marginais ensaiam todos os dias técnicas para “receber” telemóveis, mas não se diz aos ouvintes que precauções tomar. Quando as estradas se tornam picadas e não se noticia, quando assaltantes fogem da cadeia e também não é notícia.
Neste gritar para quem não nos ouve, uma coisa me ressalta à vista. As FM's de Luanda foram nos últimos tempos “assaltadas” por jovens oriundos das províncias de Benguela, Cabinda e Huila, possuidoras de congéneres. Estes, como que puxando a brasa para a sardinha vão, nos seus alinhamentos, priorizando factos relacionados com as suas zonas de origem em detrimento de notícias locais, repletas de interesse público.
À medida que a distância se for prolongando, mais a importância se dilui no espaço, restando apenas pequenas ilhas (exemplo: alguém do Huambo residente em Luanda ou de Luanda com familiares no Huambo se interessar por questões domésticas de lá).
No caso das rádios em FM este que seria um elemento de apego no alinhamento das notícias, há muito se perde. É só ouvir noticiários abertos com reparação de uma estrada terciária em Cabinda ou sobre um seminário qualquer no Lubango, ou roubo de carro no Moxico, e outras "coisinhas" em Benguela, quando em Luanda, onde está a Rádio, os marginais ensaiam todos os dias técnicas para “receber” telemóveis, mas não se diz aos ouvintes que precauções tomar. Quando as estradas se tornam picadas e não se noticia, quando assaltantes fogem da cadeia e também não é notícia.
Neste gritar para quem não nos ouve, uma coisa me ressalta à vista. As FM's de Luanda foram nos últimos tempos “assaltadas” por jovens oriundos das províncias de Benguela, Cabinda e Huila, possuidoras de congéneres. Estes, como que puxando a brasa para a sardinha vão, nos seus alinhamentos, priorizando factos relacionados com as suas zonas de origem em detrimento de notícias locais, repletas de interesse público.
Note-se que que "o ouvinte interessa-se mais em saber sobre o vidro quebrado da casa do vizinho do que a queda de uma casa longe de si".
Perante o facto estaremos a viver um desconhecimento das regras elementares do jornalismo ou apenas uma “banalização ” do que é notícia?
Uma pergunta que abre o debate.
Por: Soberano Canhanga