O ano dos famosos.
O ano começou com a morte de Lurde Van-Dúnem (tia Lurdes para os mais chegados), exímia cantora, com mais de 50 anos de carreira e arte decorativa (sua última paixão). Chorámo-la. E sem que terminassemos a enxugar as lágrimas, lá veio o destino tirar-nos outro homem das artes que foi Beto Gourgel. Trovador, actor de televisão (em conversas no quintal), cronistas (no jornal de Angola) entre outros não menos importantes feitos protagonizados enquanto vivo, lá se foi o Beto com toda a sua arte de viver e fazer viver.
Bem vivo estava ainda o outro Beto. O Beto Van-Dúnem para os parentes e para os vários “sobrinhos” que deixou. Osvaldo Serra Vandúnem foi ministro do interior (último cargo que ocupou no governo), Embaixador de Angola no Brasil e Portugal, Chefe da casa civil da presidência da república e membro do Bureau político do MPLA (partido no poder). Enterramo-lo no Alto das Cruzes na sexta-feira, 10 de Fevereiro, depois de nos ter pregado a surpresa uma semana antes no Brasil, após uma intervenção cirúrgica.
Sem que o luto fosse lavado, da África do sul tocou de novo o sino fúnebre. Morreu Flávio Fernandes. Tenha ou não deixado saudades enquanto servidor público, FF foi um homem da política que já “bateu”. Primeiro pelos feitos, naquele tempo de só bater palmas, e depois pelos defeitos, já nos tempos de “olhos abertos”. A Mais memorável cena foi a exigência que os malanjinos fizeram ao Presidente da República para que não mais o deixasse em Malanje aquando da sua última visita àquela terra onde o finado era "todo poderoso".
Entre méritos e deméritos contam-se na folha de serviços públicos de FF a pasta de secretário do conselho de ministros, Ministro da saúde, administrador da clínica Multiperfil, ente outros. FF é também tido como fundador do “Cabritismo” moderno, ou seja, pertece-lhe a frase segundo a qual, “o cabrito come onde estiver amarrado”.
Se a partida de Flávio Fernandes significou o cumprimento de uma profecia sua “ só quem coloca um cágado num tronco o poderá de lá retirar”, neste caso Deus que deu a vida, a partida, ontem, de Mesquita Lemos, o decanos dos jornalistas angolanos e professor de locução de muitos dos nossos mestres, pode ser entendida como “tirar demais”. Em apenas quarenta e cinco dias já quase se perde a conta dos famosos que partiram.
Deus,
-Quantos homens fizeste famosos em tão pouco tempo e que os poderão substituir nas tarefas que muiutos deixaram a meio. Ou estamos em presença do ano dos famosos?
O ano começou com a morte de Lurde Van-Dúnem (tia Lurdes para os mais chegados), exímia cantora, com mais de 50 anos de carreira e arte decorativa (sua última paixão). Chorámo-la. E sem que terminassemos a enxugar as lágrimas, lá veio o destino tirar-nos outro homem das artes que foi Beto Gourgel. Trovador, actor de televisão (em conversas no quintal), cronistas (no jornal de Angola) entre outros não menos importantes feitos protagonizados enquanto vivo, lá se foi o Beto com toda a sua arte de viver e fazer viver.
Bem vivo estava ainda o outro Beto. O Beto Van-Dúnem para os parentes e para os vários “sobrinhos” que deixou. Osvaldo Serra Vandúnem foi ministro do interior (último cargo que ocupou no governo), Embaixador de Angola no Brasil e Portugal, Chefe da casa civil da presidência da república e membro do Bureau político do MPLA (partido no poder). Enterramo-lo no Alto das Cruzes na sexta-feira, 10 de Fevereiro, depois de nos ter pregado a surpresa uma semana antes no Brasil, após uma intervenção cirúrgica.
Sem que o luto fosse lavado, da África do sul tocou de novo o sino fúnebre. Morreu Flávio Fernandes. Tenha ou não deixado saudades enquanto servidor público, FF foi um homem da política que já “bateu”. Primeiro pelos feitos, naquele tempo de só bater palmas, e depois pelos defeitos, já nos tempos de “olhos abertos”. A Mais memorável cena foi a exigência que os malanjinos fizeram ao Presidente da República para que não mais o deixasse em Malanje aquando da sua última visita àquela terra onde o finado era "todo poderoso".
Entre méritos e deméritos contam-se na folha de serviços públicos de FF a pasta de secretário do conselho de ministros, Ministro da saúde, administrador da clínica Multiperfil, ente outros. FF é também tido como fundador do “Cabritismo” moderno, ou seja, pertece-lhe a frase segundo a qual, “o cabrito come onde estiver amarrado”.
Se a partida de Flávio Fernandes significou o cumprimento de uma profecia sua “ só quem coloca um cágado num tronco o poderá de lá retirar”, neste caso Deus que deu a vida, a partida, ontem, de Mesquita Lemos, o decanos dos jornalistas angolanos e professor de locução de muitos dos nossos mestres, pode ser entendida como “tirar demais”. Em apenas quarenta e cinco dias já quase se perde a conta dos famosos que partiram.
Deus,
-Quantos homens fizeste famosos em tão pouco tempo e que os poderão substituir nas tarefas que muiutos deixaram a meio. Ou estamos em presença do ano dos famosos?
Por: Soberano Canhanga/16.02.06
3 comentários:
Contava-se que a Lurdes van Dunem, quando era locutora na rádio Voz de Angola, recebia muitas cartas de amor de ouvintes apaixonados pela sua voz, assim como algumas cartas provocatórias porque se dizia que ela era "muito boa".
Numa das cartas que ela recebeu, um ouvinte pediu-lhe que explicasse ao microfone como é que se faz amor. A locutora-cantora respondeu assim:
«É casado? Namora? Se ainda não namora nem é casado, ainda tem tempo para aprender; quando namorar, peça à sua namorada que lhe explique. Se já namora ou é casado, então já sabe e por isso não é preciso que lhe expliquem»...
De facto nos últimos Meses partiram alguns gigantes da nossa cultura! Não os esqueceremos!
Olho Atento "falhou".
Por lapso o editor esqueceu-se de acrescentar na lista fúnebre deste ano a perda do artista plástico Vitó Teixeira, Também em janeiro deste ano. Vitó Teixeira era o continuador da obra do Pai, Viteix. Chorámo-lo aos trinta anos. Ficou assim um quadro por pintar.
OlhoAtento curva-se á memória de Vitó e de todos os que partiram.
SC.
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