Na guerra civil angolana, que se seguiu à independência, cada Movimento de Libertação Nacional teve o seu convidado para o ajudar.
O Governo do MPLA, atacado a norte pelo exército zairense de Mobutu e mercenários convidados pela Fené, e no Sul atacado pelos racistas da África do Sul, compadres e convidados dos kwachas, teve de pedir apoio a Fidel Castro para manter o país independente e uno.
Foi difícil travar os invasores, procedentes do norte e sul, fortemente armados e sedentos de sangue e poder, que procuravam destruir todos os "vasos capilares" do país nascente. Edifícios administrativos e residenciais, pontes, ferrovias, fábricas, etc., nada foi poupado.
Os escombros de edifício (foto 1) mostram-nos o que foi antigo Palácio herdado em 1975. Os "convidados dos kwachas" deixaram-no nesse estado, depois de vários bombardeamentos aéreos e de artilharia. Já em tempos de paz, foi construída no local em se acham os escombros a nova Sede do Governo do Kunene (inaugurada em 2017), tendo sido conservados os escombros para contar a história que muitos jovens ignoram e cujas páginas muitos mais velhos pulam deliberadamente.
A segunda foto, mostra a nova Sé Catedral de Ondjiva. Obriga-nos a verdade dizer que a antiga igreja não tinha sido derrubada como foi o Palácio e as demais edificações da então cidade de Ondjiva que foi transformada em "terreno baldio". A igreja esteve, porém,
tão estropiada que o Governo Angolano decidiu oferecer à católica uma
nova Catedral, digna da Ondjiva que se está a (re)construir dos escombros deixados pelas tenebrosas South African Air Force (SAF)
e seus apaniguados e anfitriões da Njamba. Uns, ruidosos ou silenciosos, virão dizer-me "não desenterre o morto".
A minha colocação é: que tivessem dito aos vossos convidados para preservarem os edifícios. É que até o cinema "foi para o maneta". Partiram-no desgraçadamente!
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