O festejo do 95º aniversário natalício do primeiro Presidente de Angola, também consagrado Herói Nacional, Dr. António Agostinho Neto, levou-me à vila de Catete para actividade lúdica e cultural, adentrando depois a estrada que nos conduz à Muxima e mais ainda a picada que vai a Caxicane, local que conserva o cordão umbilical do fundador da nação angolana nascido a 17 de Setembro de 1922. Não sendo a primeira vez que para lá me desloquei, não deixei de “descobrir” algumas curiosidades não visualizadas com minúcia nas primeiras visitas ao local. Repare bem a foto. Estou apoiado sobre o púlpito do que foi o segundo templo metodista erguido em CAXICANE. Procurei pela data da sua construção e, embora houvesse no local cidadãos sexagenários, não obtive resposta. Resta-me a impressão de que a edificação terá sido a que existia nos dias de mocidade de Agostinho Neto, sendo feita de pau-a-pique e rebocada com areia e cimento nos dois lados das paredes. O chão foi também cimentado, sendo que os púlpitos haviam sido construídos em tijolos e rebocados. O tampo também é de betão.
A primeira igreja no local terá sido em material ainda mais precário: ramos de palmeiras, paus, barro simples para fechar as paredes e coberta de capim, conforme nos mostram as fotos de seu pai, Reverendo Pedro Neto, com o filho, Kilamba, pousando no colo de D. Maria da Silva Neto.
A terceira igreja, em alvenaria e pintada de branco, é maior e tem altos alicerces, devido às inundações que vezes sem conta acontecem em CAXICANE, quando o Kwanza faz suas águas transbordarem, é mais próxima no tempo.
A terceira igreja, em alvenaria e pintada de branco, é maior e tem altos alicerces, devido às inundações que vezes sem conta acontecem em CAXICANE, quando o Kwanza faz suas águas transbordarem, é mais próxima no tempo.
Repare agora na proximidade entre o rio e a Igreja em cujas ruínas concebi esse texto: apenas escassos metros a separam do leito. Não será, por isso, difícil concluir que os implantadores do metodismo em CAXICANE terão navegado sobre o manso Kwanza.
Texto publicado pelo jornal Nova Gazeta de 28/09/2017
Texto publicado pelo jornal Nova Gazeta de 28/09/2017
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