Morreu, vítima de doença, Raul Indipwo, criador com Milo MacMahon em 1959, do Duo Ouro Negro.
Raul e Milo conheciam-se desde a infância, em Benguela e quando se reencontraram, na juventude, iniciam um projecto centrado no folclore angolano de várias etnias e línguas. O nome Ouro Negro foi escolhido porque era normal naltura designar-se “ouro negro” tudo o que se mostrasse extraordinário.
A entrada na metropóle dá-se no cinema Roma, em Lisboa. No espaço de um ano, actuam na Suíça, em França, na Finlândia, na Suécia, na Dinamarca e, naturalmente, em Espanha e Portugal. Em Lisboa, ao êxito quase instantâneo dos primeiros discos, sucedem-se actuações em programas televisivos e radiofónicos, a par de inúmeras prestações em casas de espectáculos. O Duo Ouro Negro conhece, em 1966, um dos pontos mais altos da sua ainda recente carreira, ao actuar no Olympia e no Alhambra, em Paris. E no ano seguinte, naquela que pode ser considerada uma das mais elevadas distinções do grupo, actuam na Sala Garnier da Ópera de Monte Carlo para os Príncipes do Mónaco, por ocasião das comemorações do IV Centenário do principado. Ainda nesse mesmo ano, são galardoados em Portugal com o Trofeu da Imprensa.
Ao conquistarem o Canadá e, depois, os Estados Unidos, internacionalizam as suas músicas a uma escala mais larga. Em Chicago assinam um contrato com a Columbia Artists Management e, depois de um breve regresso a Portugal e a África, brilham no Waldorf Astoría, em Nova Iorque. Também a América Latina foi palco de dois espectáculos do Duo Ouro Negro, no teatro Maipu, de Buenos Aires, a par de quatro espectáculos televisivos e do lançamento do LP Ouro Negro Latino. O cosmopolitismo do grupo não pára e uma longa digressão ao Japão consolida o seu prestígio em terras do Oriente.
Raul e Milo conheciam-se desde a infância, em Benguela e quando se reencontraram, na juventude, iniciam um projecto centrado no folclore angolano de várias etnias e línguas. O nome Ouro Negro foi escolhido porque era normal naltura designar-se “ouro negro” tudo o que se mostrasse extraordinário.
A entrada na metropóle dá-se no cinema Roma, em Lisboa. No espaço de um ano, actuam na Suíça, em França, na Finlândia, na Suécia, na Dinamarca e, naturalmente, em Espanha e Portugal. Em Lisboa, ao êxito quase instantâneo dos primeiros discos, sucedem-se actuações em programas televisivos e radiofónicos, a par de inúmeras prestações em casas de espectáculos. O Duo Ouro Negro conhece, em 1966, um dos pontos mais altos da sua ainda recente carreira, ao actuar no Olympia e no Alhambra, em Paris. E no ano seguinte, naquela que pode ser considerada uma das mais elevadas distinções do grupo, actuam na Sala Garnier da Ópera de Monte Carlo para os Príncipes do Mónaco, por ocasião das comemorações do IV Centenário do principado. Ainda nesse mesmo ano, são galardoados em Portugal com o Trofeu da Imprensa.
Ao conquistarem o Canadá e, depois, os Estados Unidos, internacionalizam as suas músicas a uma escala mais larga. Em Chicago assinam um contrato com a Columbia Artists Management e, depois de um breve regresso a Portugal e a África, brilham no Waldorf Astoría, em Nova Iorque. Também a América Latina foi palco de dois espectáculos do Duo Ouro Negro, no teatro Maipu, de Buenos Aires, a par de quatro espectáculos televisivos e do lançamento do LP Ouro Negro Latino. O cosmopolitismo do grupo não pára e uma longa digressão ao Japão consolida o seu prestígio em terras do Oriente.
Kuríkutéla, Muiowa, Muxima, Kwéla, Sylvie, Maria Rita, Blackground, Império de lemanjá, Amanhã, Vou Levar-te Comigo, são alguns dos exitos do duo.
Milo morreu no final dos anos 80, terminando assim a carreira do Duo Ouro Negro. Raúl, morreu ontem em Portugal juntando-se aos famosos que partiram este ano e que fragilizam a nossa cultura.
Milo morreu no final dos anos 80, terminando assim a carreira do Duo Ouro Negro. Raúl, morreu ontem em Portugal juntando-se aos famosos que partiram este ano e que fragilizam a nossa cultura.
Paz à sua alma!
Adaptado do www.macua.org/biografias/duoouronegro
2 comentários:
Perda triste,
Ainda há dias, li numa revista uma entrevista com o filho do Raul, em que este se mostrava optimista e falava , salvo erro numa pneumonia, que estava a ser bem superada.
Ontem, quando ouvi a notícia, acabou por ser uma choque.
É caso para dizer: "Vou trazer-te comigo" no coração. Força à família e amigos, pela sua perda.
Nunca será demais realçar a importância que o Duo Ouro Negro teve para a promoção de Angola aqui em Portugal. Se, para os portugueses, Angola não é um país qualquer, isso não se deve tanto à cobiça pelas suas riquezas naturais, nem a uma qualquer nostalgia do império colonial, como muita gente poderá pensar. Deve-se, em grande parte, ao Duo Ouro Negro, que soube incutir nos portugueses o respeito por Angola e pela sua cultura.
É verdade que os Ngola Ritmos foram os primeiros a revelar a música angolana ao público português, em programas televisivos que ficaram inesquecíveis. Mas eles actuaram cá e depois voltaram para Angola, enquanto que o Duo Ouro Negro ficou cá e foi cá a voz e o rosto de Angola durante muitos anos (mais tarde também apareceu Rui Mingas).
Mesmo quando adaptavam a sua música aos gostos internacionais da época, Raul e Milo nunca renegaram as suas raízes angolanas e a sua africanidade. Ao exprimirem o seu blackground, eles continuaram sempre a ser Angola.
Enviar um comentário