Para quem tinha como obrigação apurar-se apenas para o CAN do Egipto, ter conseguido ir ao mundial da Alemanha e voltar com dois empates na bagagem, já é obra.
Ontem na despedida, Angola dividiu pontos com o Irão, empatando a 1 golo, totalizando os 2 pontos que dignificam a presença dos Palancas Negras na Copa. Apesar de estreantes, estamos entre os 24 melhores selecções do mundo, mercê do terceiro lugar conseguido no grupo D, à frente do Irão, e a contar com as prestações dos demais terceiro classificados de outros grupos, a nossa posição pode ainda melhorar no fim de todas as contas.
No jogo de despedida que podia ditar a nossa passagem à fase seguinte, Flávio Amado que fez o seu único jogo, substituindo Akuá na segunda parte, fez o gostinho à cabeça e não desperdiçou a oportunidade que teve aos 72 minutos. Pena foi que 4 minutos mais tarde os iranianos restabeleceram o resultado.
Como prenda pelo golo marcado, Flávio deixa de viver no Caputo, Rangel, e vai morar agora numa casa chique, a contar com a promessa do empresário Chimuco.
O único senão nesta participação do combinado nacional na Copa foi a teimosia de Oliveira Gonçalves em insistir num Akuá, já moído pelo peso da idade fazendo com que jogadores mais jovens e talentosos como Flávio, Titi Buengo e até mesmo Man-Torras não carburassem o que podem.
Não termino esta prosa sem igualmente fazer vénia a João Ricardo e Zé Kalanga que foram tão somente os homens dos jogos (melhores em campo) nas partidas de Angola contra o México e Irão, respectivamente.
O regresso a Luanda dos Palancas Negras acontece amanhã, sexta-feira, e uma festa os aguarda na capital à medida do feito conseguido. Neta hora de alegria associo-me aos ruidos que Luanda prepara e lanço o meu grito.
_Que venha o mundial da África do Sul.
Soberano Canhanga