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quinta-feira, junho 22, 2006

PALANCAS NEGRAS: DE VOLTA MAS HONRADOS


Para quem tinha como obrigação apurar-se apenas para o CAN do Egipto, ter conseguido ir ao mundial da Alemanha e voltar com dois empates na bagagem, já é obra.
Ontem na despedida, Angola dividiu pontos com o Irão, empatando a 1 golo, totalizando os 2 pontos que dignificam a presença dos Palancas Negras na Copa. Apesar de estreantes, estamos entre os 24 melhores selecções do mundo, mercê do terceiro lugar conseguido no grupo D, à frente do Irão, e a contar com as prestações dos demais terceiro classificados de outros grupos, a nossa posição pode ainda melhorar no fim de todas as contas.
No jogo de despedida que podia ditar a nossa passagem à fase seguinte, Flávio Amado que fez o seu único jogo, substituindo Akuá na segunda parte, fez o gostinho à cabeça e não desperdiçou a oportunidade que teve aos 72 minutos. Pena foi que 4 minutos mais tarde os iranianos restabeleceram o resultado.
Como prenda pelo golo marcado, Flávio deixa de viver no Caputo, Rangel, e vai morar agora numa casa chique, a contar com a promessa do empresário Chimuco.
O único senão nesta participação do combinado nacional na Copa foi a teimosia de Oliveira Gonçalves em insistir num Akuá, já moído pelo peso da idade fazendo com que jogadores mais jovens e talentosos como Flávio, Titi Buengo e até mesmo Man-Torras não carburassem o que podem.
Não termino esta prosa sem igualmente fazer vénia a João Ricardo e Zé Kalanga que foram tão somente os homens dos jogos (melhores em campo) nas partidas de Angola contra o México e Irão, respectivamente.
O regresso a Luanda dos Palancas Negras acontece amanhã, sexta-feira, e uma festa os aguarda na capital à medida do feito conseguido. Neta hora de alegria associo-me aos ruidos que Luanda prepara e lanço o meu grito.
_Que venha o mundial da África do Sul.

Soberano Canhanga

quarta-feira, junho 14, 2006

AS MÃOS DO MOÇAMBICANO POTA

Ao entrar para este mundo da Blogsfera era ninguém. Fi-lo à mão do professor Rogério Santos, da Universidade Católica Portuguesa, depois de nos ter-mos conhecido num curso.
No mesmo curso destinado a jornalistas dos PALOP conheci Ouri Pota, jornalista moçambicano com quem partilhei bons momentos em cerca de 40 dias.
Hoje, o Pota chama-me para ajudá-lo a “montar” o seu blog. É com prazer que o faço, ao mesmo tempo que convido os meus leitores para uma visita.
Ajudemos o Pota a desenvolver a ferramenta que em Moçambique ainda não é muito utilizada. http://maosdemocambique.blogspot.com
Soberano Canhanga

terça-feira, junho 06, 2006

VITÓRIA DOS PALANCAS ENTRE A DEFESA E O ATAQUE

Que a participação dos palancas negras no mundial de futebol da Alemanha já é uma vitória, lá isso é. Vitória dos jogadores e do treinador que tinham a obrigação de chegar apenas ao CAN, mas que grão a grão foram enchendo o papo até à Alemanha. Mais saborosa ainda a vitória porque foi conseguida diante dum papão do futebol africano, a Nigéria.

Melhor ainda porque o povo sempre acreditou, mesmo nos momentos em que tal se mostrava dificílimo e porque coroa o desempenho do país que apenas há 4 anos conseguiu uma tranquilidade efectiva. É também a vitória da nossa diplomacia que consegue ir onde os políticos às vezes batem portas sem sucesso.

Dizer, porém, que só a presença entre as 32 melhores selecções da actualidade na Alemanha é tudo, seria voar baixinho demais. Há desafios e imagem a preservar.

–Não somos os melhores da região austral do continente, a contar com os resultados saidos do CAN do Egipto? Então, é preciso jogar e ganhar, não apenas o juizo, como muitos incrédulos já atestam.

Ganhar, o que se pretende, acredito que não será tarefa fácil. Sobretudo porque temos à nossa frente equipas como o Irão que não é pera doce e que tem um campeonato mais disputado que o nosso Girabola; O México que é simplesmente uma das melhores equipas da sua zona, a América do Norte; Portugal que é somente a sétima melhor equipa de acordo a classificação da FIFA. Ultrapassar tamanhos latagões só será possível se o Mister Oliveira Gonçalves deixar de ter uma equipa pre-concebida.

Queixar-se, por exemplo, que a equipa decresce de rendimento sem Akuá em campo quando se tem Man-Torras e Tity Buengo a aquecer o banco, é dúvida permanente que não se entende.

Faltando cinco dias para o baptismo frente a Portugal e quando já não há ensaio pelo meio, resta-me olhar para os resultados conseguidos nos jogos de preparação: 5-3 frente ao misto de Celle; 0-2 diante da Argentina, 2-3 com a Turquia e 0-1 diante dos Estados Unidos. Um saldo negativo em termos de golos sofridos que me leva a dizer que entre a defesa permissiva e o ataque arejado está a nossa vitória.

Mesmo assim, e como a bola é redonda, ligo o rádio e recito o trecho musical que dita: “Angola tú és capaz”.

Por:Soberano Canhanga

segunda-feira, junho 05, 2006

FOI-SE O DUO OURO NEGRO

Morreu, vítima de doença, Raul Indipwo, criador com Milo MacMahon em 1959, do Duo Ouro Negro.
Raul e Milo conheciam-se desde a infância, em Benguela e quando se reencontraram, na juventude, iniciam um projecto centrado no folclore angolano de várias etnias e línguas. O nome Ouro Negro foi escolhido porque era normal naltura designar-se “ouro negro” tudo o que se mostrasse extraordinário.

A entrada na metropóle dá-se no cinema Roma, em Lisboa. No espaço de um ano, actuam na Suíça, em França, na Finlândia, na Suécia, na Dinamarca e, naturalmente, em Espanha e Portugal. Em Lisboa, ao êxito quase instantâneo dos primeiros discos, sucedem-se actuações em programas televisivos e radiofónicos, a par de inúmeras prestações em casas de espectáculos. O Duo Ouro Negro conhece, em 1966, um dos pontos mais altos da sua ainda recente carreira, ao actuar no Olympia e no Alhambra, em Paris. E no ano seguinte, naquela que pode ser considerada uma das mais elevadas distinções do grupo, actuam na Sala Garnier da Ópera de Monte Carlo para os Príncipes do Mónaco, por ocasião das comemorações do IV Centenário do principado. Ainda nesse mesmo ano, são galardoados em Portugal com o Trofeu da Imprensa.

Ao conquistarem o Canadá e, depois, os Estados Unidos, internacionalizam as suas músicas a uma escala mais larga. Em Chicago assinam um contrato com a Columbia Artists Management e, depois de um breve regresso a Portugal e a África, brilham no Waldorf Astoría, em Nova Iorque. Também a América Latina foi palco de dois espectáculos do Duo Ouro Negro, no teatro Maipu, de Buenos Aires, a par de quatro espectáculos televisivos e do lançamento do LP Ouro Negro Latino. O cosmopolitismo do grupo não pára e uma longa digressão ao Japão consolida o seu prestígio em terras do Oriente.
Kuríkutéla, Muiowa, Muxima, Kwéla, Sylvie, Maria Rita, Blackground, Império de lemanjá, Amanhã, Vou Levar-te Comigo, são alguns dos exitos do duo.

Milo morreu no final dos anos 80, terminando assim a carreira do Duo Ouro Negro. Raúl, morreu ontem em Portugal juntando-se aos famosos que partiram este ano e que fragilizam a nossa cultura.
Paz à sua alma!
Adaptado do www.macua.org/biografias/duoouronegro

domingo, junho 04, 2006

MEU 10GOSTO PELOS NÚMEROS

Sinceramente.
Meus debates académicos sobre a importância da aprendizagem dos números nunca colheram consensos. Muitos dizem que a matemática é boa mas chata e complicada. Outros atestam que tal ciência não é bicho de sete cabeças. Nossas cabeças é que têm bichos. -Será?

E por que a chamam de má temática em vez de boa temática?

Por: Soberano Canhanga

sexta-feira, junho 02, 2006

O FUTURO DE NOSSOS FILHOS

O sonho de nossos pais foi: ver Angola independente, terminada a exploração do homem-pelo-homem e melhorado o nível de vida para seus filhos (nós).
O Nosso Sonho foi (é): ver terminada a guerra, a corrupção estancada, ter pão, educação, e saúde para nós e nossos rebentos, e muito mais.
Com o andar da carruagem, qual se espera ser O FUTURO DE NOSSOS FILHOS?


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Na foto Mohamed Mociano Canhanga