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terça-feira, outubro 15, 2024

VISITA GUIADA A MASSANGANO

Massangano chama-te!

Uma das razões dos fins-de-semana prolongados ou pontes, quando o dia de feriado calha quinta ou terça-feira é fomentar o turismo interno. Dezassete de Setembro, Dia do Herói Nacional, calhou numa terça-feira e, por isso, as famílias tiveram os dias de sábado, domingo, segunda e terça-feira para descansar e desfrutar.

Para quem trafega no sentido Luanda-Dondo, EN 230, a antiga vila de Massangano fica no lado direito, faltando 25 quilómetros para se chegar à velha cidade do Dongo. Do desvio (ainda em terra batida, todavia já devidamente terraplenada) são apenas 25 quilómetros até se chegar à margem do majestoso Rio Kwanza que se espreguiça na sua calma viagem ao Atlântico. Aqui, numa elevação atalaia, chegou Paulo Dias de Novais, no séc. XVI, estabelecendo a primeira Câmara Municipal do Primeiro Governo Português em Terras Angolanas. Um dos empecilhos ao turismo interno é (ainda) a falta de serviços associados como restaurantes, acomodação, guias turísticos competentes e comprometidos e lojas de conveniência onde se possa adquirir lembranças.

Massangano tem recebido alguns turistas nacionais e internacionais com destaque para família Tucker dos UA (cuja origem é angolana) que, depois de alimentarem os olhos e a mente com conhecimentos sobre os primórdios da presença portuguesa em Angola e o tráfico de escravos, acabam por se retirar por falta de serviços de apoio ao turista.

Tino Cardona, um jovem forasteiro (benguelense) quer que "os turistas venham e permaneçam", está a erguer, bloco a bloco, assim como "grão a grão a galinha enche o papo", um resort que vai impulsionar o turismo no futuro município.
"Já faltou mais e o Resort está a ser equipado com bungalows, quartos normais, esplanada e restaurante", diz, confiante, Tino Cardona, que conheceu Massangano por via do escutismo e turismo religioso.
A partir de Janeiro de 2025, a comuna de Massangano passa a município, desmembrando-se de Kambambe e, ao chegar à sede, quem o vai receber (daqui a alguns meses) será a instalação turístico-hoteleira do Tino. 

_ As obras decorrem bem e já há cinco quartos prontos" de muitos outros por concluir. _ Explicou o investidor.

Uma vez confirmado o estatuto de município, Massangano (que, ao ganhar novo estatuto, devia ter o topónimo ajustado à sua etimologia e semântica) poderá ter uma câmara municipal e um edil, numa situação de termos autarquias.

Metros à frente, começa o conjunto de escombros que guardam a história de Massangano. 

_ À direita, está o que foi tribunal e casa de reclusão. Se viras novamente à direita, encontras as ruínas do que foi a cadeia. Tinha celas subterrâneas. _ Desta vez o narrador é o administrador comunal adjunto de Massangano.

Ao lado esquerdo (a entrar), está o edifício que foi a casa do governador Paulo Dias de Novais. "Mais tarde, serviu de casa dos sipaios", explica Carlos Ângelo Cacoba, administrador comunal adjunto. Depois, está a esquadra da polícia e a sede da administração comunal que vai ser elevada a municipal, já em Janeiro de 2025. As ruínas da antiga Câmara Municipal, século XVI, ficam depois da actual administração. Apar da igreja são os únicos edifícios com utilidade diária e permanente. A antiga Câmara Municipal fica antes da Fortaleza. Mais adiante vê-se a igreja católica e, trezentos metros à frente, seguindo o caminho do Kwanza em direcção ao Atlântico, está o que foi a Praça de Escravos

"Aqui eram avaliados e comercializados como objectos. Os aptos para qualquer transação eram, depois, baptizados na igreja onde recebiam um nome e embarcados, rio abaixo, até ao que é hoje o Museu da Escravatura, seguindo para as Américas e outros destinos". Mas, sobre Massangano não é tudo. O nosso cicerone conta que havia um forno e mostrou o caminho.

"Nele eram jogados os indivíduos sem valor comercial, doentes, inválidos, deficientes, etc. Estes eram jogados no forno como se de leitões se tratassem", conta Carlos Cacoba, possuído de comoção pelos infelizes.

As ruas de Massangano eram iluminadas a candeeiros. Os postes construídos emmpedra onde eram afixados os candeeiros a azeite torcida mantêm-se hirtos e gritam aos ventos e aos que passam a história sobre o seu desempenho e serventia.

Outros espaços que continham casas do tempo áureo da localidade estão em desaparição, podendo ser vistos poucos outros escombros e ou bases "escondidas" entre os casebres dos actuais moradores, feitos a base de pau-a-pique, barreadas e cobertas de chapas de zinco ou folhas de palmeiras. Outras casotas são de adobe (tijolo de terra bruta sem cozimento em forno). Há, porém, um detalhe: todas as casotas de Massangano têm energia eléctrica e podem ser vistos também alguns fontanários. 

Tendo conhecimento de edifícios seculares reabilitados na Europa e notado o estado de depreciação avançada que apresentam os sobrados de Massangano e outras ruínas históricas espalhadas pelo país, uma pergunta me persegue: existirá alguma disposição legal que impeça a reconstrução de ruínas históricas como as de Massangano?

Ora, reza a história que Massangano foi, na verdade, a primeira Câmara Municipal, a primeira sede de governo portuga no território Ngola que evoluiu para Angola. Paulo Dias de Novais foi o primeiro governador português a chegar a Angola e tinha como principais acções explorar os recursos naturais e promover o tráfico negreiro (escravatura), formando um mercado exclusivo de escravos.

Novais obteve do rei D. Sebastião (1568-1578) uma Carta de Doação (1571), que lhe dava o título de "Governador e Capitão-Mor, conquistador e povoador do Reino de Sebaste na Conquista da Etiópia ou Guiné Inferior", nome pelo qual a região de Angola era então conhecida, ou simplesmente Capitão-Governador Donatário. Partiu de Lisboa em 23 de Outubro de 1574 e desembarcou na chamada Ilha das Cabras (actual Ilha de Luanda) a 11 de Fevereiro de 1575. Na ilha já existiam cerca de sete povoados e Novais encontrou sete embarcações fundeadas e cerca de quarenta portugueses estabelecidos, enriquecidos com o comércio negreiro, ali refugiados dos Jagas. Acredita-se que já estivessem ali estabelecidos há alguns anos, uma vez que na ilha também existia uma igreja e um padre.

Estabelecendo-se na Ilha das Cabras, Novais recebeu uma embaixada do rei Ngola Kilwanje Kya Samba (29 de Junho de 1576), recebendo a permissão deste para se mudar para terra firme, para o antigo morro de São Paulo, onde fundou a povoação de São Paulo de Loanda.

Pelos termos da Carta de Doação recebida, Novais deveria expandir o território para Norte até às margens do rio Dande (Bengo), para o Sul, e para o interior ao longo do curso do rio Kwanza. Tinha ainda a obrigação de construir uma igreja, fortalezas e de doar sesmarias, para assentamento dos colonos. Partiu em direção às terras do Ndongo, em busca das lendárias minas de prata de Kambambe, avançando pelo vale do Kwanza até à sua confluência com o rio Lukala, onde (perto dela num terreno alteado que permitia visualizar qualquer embarcação que circulasse nos dois sentidos do rio) fundou a vila de Nossa Senhora da Vitória de Massangano, em 1583.

Novais faleceu em Massangano, em 1589, aos   79 anos, e lá foi sepultado, defronte da Igreja de Nossa Senhora da Vitória, em túmulo de pedra. As suas cinzas foram mais tarde transladadas para a Igreja dos Jesuítas em Luanda, pelo Governador Bento Banha Cardoso, em 1609.

Terminando como começámos esta "visita descritiva", a primeira Câmara Municipal de Angola pode ser restaurada, depois de 2025.

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Texto publicado pelo Jornal de Angola de 22.09.2024

terça-feira, outubro 08, 2024

AS CHALADICES DO CHICO "PÉ DE MULETA"

Nasceu magro como palito de vassoura e muito mexido, daqueles a quem a ciência actual chama hiperactivo. A vida dele foi, entretanto, marcada por um incidente que lhe "comeu" metade do pé, sendo a extremidade do pé esquerdo uma ponta que deixa uma marca parecida à de uma muleta no chão arenoso ou húmido em tempo chuvoso.

A aldeia toda apelidou-o de Lufeñeno (palito). Diz-se que a progenitora de Lufeñeno (palito) era consumidora dedicada e a tempo inteiro de destilados, desde tenra mocidade.
Numa noite de kixobo, Kamone, já endiabrada com doses elevadíssimas de makyakya a correr-lhe no sangue, meteu-se à dança de kilata. Quase à hora de os galos iniciarem o canto, a poeira e o álcool juntaram-se ao sono e cansaço. Lufeñeno ainda não balbuciava palavras. Talvez, também embriagado pelos gases alcoolizados soltos pela mãe, nem tempo para choro teve. Ou melhor, a aldeia não foi a tempo de o ouvir a clamar por socorro.
Kamone dormitava desavisada junto à fogueira. Era a guardiã, apesar da bebedice, da fogueira comunitária, onde todas as manhãs se alimentavam os fogos de todas as casas. Num gesto inexplicado, um dos pés de Lufeñeno foi parar ao lume. O resto, só vendo o resultado que faz os jovens mais atrevidos e lyambados deste tempo tratarem o senhor, quase cinquentão, por kota Chico Pé de Muleta. O nome dele de Lufeñeno quase que não se ouve mais na aldeia de Kimbilima.
Bem, estávamos num óbito. Lufeñeno e eu temos irmãos comuns. Eu pelo lado paterno e ele pelo materno. É assim quando as relações se desfazem e cada ex-integrante forma outro par. Lá em Kimbilima e no Kuteka tratamo-nos como manos.
Os cientistas dizem que a formação da consciência do homem demanda duas heranças: a biológica e a social. As percentagens que me passaram do in ao id estão nos livros e no telefone com internet. Voltemos ao Lufuñeno que herdou a copofonia da falecida mãe. A propósito, a kasule do meu pai, vendo Lufeñeno, com aquela sua perna de pé cortado a beber como se o amanhã não existisse mais, teve de soltar um desabafo malicioso.
_ O papá mesmo não tinha sorte de arranjar mulher!
Pena é que o sô António Chico pereceu em 1982 e não temos como tirar-lhe explicações.
_ Coitado. E ele não bebia nem fumava. _ Respondeu Kasola a irmã mais velha da Kethanga, a primeira a sentir pena do pai.
E o Lufeñeno começou as suas chaladices convocando os sobrinhos:
_ António, vem prá cá. Domingos, ó sô Lumingu, vem também. O Manuel num fica atrás vêm juntos.
_ É o que então, ti Chico? _ Interrogaram-se algo revoltados, arrastando outras reclamações enquanto se aproximavam a passo de lesma.
_ Esse ti Chico também quando fica xonê é chatinho. _ Atirou o Domingos.
Mas, Lufeñeno tinha uma agenda para aquela noite. Temendo usar da agressão que, às vezes, quando demasiadamente encopado, lhe era característica, os adolescentes ficaram a metro e meio, evitando abeirar-se do tio que começou as perguntas:
_ Aqui, onde estamos, é aonde? Me respondem ainda se vocês são mesmo espertos.
_ É na vila, ti Chico. _ Respondeu o Manuel.
_ E ali, onde estão aquelas luzes?
_ É também na vila, ti Chico. _ Respondeu o António, mantendo-se calado o Domingos.
_ Vocês são burros. Vê lá se ainda não conhecem a cidade. Essas casas de adobes, todas embrulhadas, sem ruas nem quintais, é que estão a dizer que é vila de Kibala? Vocês, quando voltarem à aldeia, não vale apenas se gabarem que foram à sede do município. Na Kibala de verdade ainda não chegaram. Estão a ver aquelas luzes, nê? É ali. Entre Kakungulu e Kibala-Sede ainda tem uma baixa e um rio pelo meio. Ouviram? _ Atirou Chico Pé de Muleta, quase a gritar, fazendo-se ouvir por curiosos e transeuntes.
Os moços lançaram demoradamente os olhos à elevação que libertava luzes e terão posto as cabeças a pensar no que Chico Lufeñeno lhes dissera.
_ Está bem, ti Chico. Já podemos ir?

_ Vão, mas escrevem o que vos disse, seus analfabetos. Vila é lá. Aqui é Kakungulu. Se querem se gabar que estiveram na vila é melhor amanhã pegarem mota e chegarem lá. Estão aqui os vossos tios que vieram da capital. Pedem já. Mota é só cem!

sábado, outubro 05, 2024

ATÉ JÁ, ISMAEL MATEUS!

(Espero que a leves esta carta como meu recado ao chefe que te chama a ir ter com ele, em vez de vir ressuscitado e instalar o seu reino)

Perguntaste-me, certa vez, "se eu era remunerado para escrever tanto para 4 títulos de uma mesma empresa jornalística".

Respondi que "não!". Expliquei-te que a escrita, arte a que me "empurraste", se tinha transformado em escapatória para divertir o jornalista que mora dentro de mim, visto que as funções que exercemos inibem-nos de fazer jornalismo". 

Abanaste a cabeça e soltaste um "se corres por gosto, coragem". Senti a tua mão longa e paternal no meu ombro e mais não disseste, nem com aquele teu sarcasmo. Dias a fio, fiquei a pensar, a pensar no tema que não tínhamos esgotado, mas os assuntos trabalhistas vieram à baila e era a camisola do trabalho que mais se metia à frente.

Ontem mesmo, 30 de Setembro, fiquei a pensar na carta a remeter à tal empresa a que mando crónicas desde 2017. O título seria até já!

 Até já porque nunca me despeço definitivamente de pessoas que posso voltar a ver (nessa ou noutra vida), assim como empregadores (no caso deles) que me possam vir a acolher em caso de necessidades um dia. Durante toda a madrugada, em cada despertar, depois de um sono e sonho mal conseguido, vinha-me à cabeça o até já!

Manhã cedo, levei a tua afilhada ao aeroporto e disse-lhe até já! na despedida. 

Não demorou, a Rádio Nacional, a tua primeira casa jornalística, ligou-me a perguntar se eu sabia do acidente que te subtraiu de nós e se podia negar ou confirmar. Bem gostaria de negar até agora. No mínimo fosse fake new e não te estaria a escrever essa carta.

Que dirás ao Pedro Menezes e aos que se adiantaram neste caminho doloroso, mas irreversível? Que contarei aos mais novos sobre ti?

Ligou-me o Paulo Sérgio, jornalista, a pedir que fale sobre ti Ismael Mateus Sebastião. Disse-lhe que me tinhas encontrado há 26 anos na LAC. Tu, um respeitado e já veterano, com folha feita e livros. Tuas crónicas, "Bue de Bocas", chegavam-me desde rapaz no Toshiba do meu pai, ainda no Lubolu. Depois que vim para Luanda, e na Luanda Antena Comercial, passei ouvir os "Recados para o teu chefe". Longe de te conhecer ainda caralmente, um dia, nem passares a meu mestre, mentor e padrinho. 

Tinha eu dois anos de LAC, em 1999, quando me descobriste de entre muitos. Nunca me disseste porquê, tirando os elogios de coisas bem feitas e a negação, quando te dizia, já adulto, que "tudo o que sou profissionalmente muito se deveu a ti". E dizias: "cala a boca, matuense. Foi tudo por teu esforço e obra". 

Será?!

Tornei-me no jornalista que as pessoas dizem que sou por tua descoberta, pressão, correcção e instrução permanente. Achavas que da "laranja seca" que encontraste naquela redacção podia nascer sumo". Quando te tornaste Secretário-Geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, fui a voto e tornei-me delegado sindical na LAC. Depois, implementaste o Conselho de Redacção em que eu era "conselheiro", enquanto editor. 

Por tua sugestão fui à assessoria de imprensa em Catoca. Fazias questão de apelar ao esforço, ao mérito e sugerias pessoas que não te envergonhassem.

Quando criaste a TamodaEditora, inaugurámo-la com o meu "Manongo-Nongo". Em Maio, tentámos o "Lubolu & Arredores" que dizias "vai ser a 'reposição da legalidade'".

Depois de me teres apadrinhado esse tempo todo, informalmente, em várias esferas da vida, testemunhaste ao mundo como meu padrinho de casamento e me dizias: já não és miúdo. Se me chamaste é para teres juízo!

Faltou-me juízo para te deixar partir?

P'ra quê mais "bué de bocas" e tantos parágrafos neste "recado a Zezus", se nem mais te consigo contar um ka-segredo de filho para pai?

Até já, Ismael Mateus!


Post scriptum: 

Iniciei-me como colunista no teu "Cruzeiro do Sul", na primeira década deste século.

Há dois anos, quando lançaste a segunda edição de "Sobras da guerra", exigiste que eu fizesse o prefácio que tive de esboçar durante uma viagem à Espanha e entregue a faltarem minutos para o deadline. Como foste tão exigente e tão bom comigo, Ismael?!

terça-feira, outubro 01, 2024

KIHUTU vs MBUNDI

Quem viaja pela EN120, sentido Ndondo-Kibala-Wambu, encontra, depois do Rio Longa, pessoas a venderem raízes de uma planta que os ambundu chamam "muxili" e os ovimbundu "mbundi".


A seiva desta raiz (não é tubérculo) possui propriedades adoçantes e fermentadoras, sendo usada para a fabricação de garapa, também conhecida como "wala" ou "kis(s)ângwa", e ainda para fermentar o composto destilável de que resulta a "makyakya" ou kaporroto.


Os aldeões põem-se no sertão em buca do arbusto e escavam as suas raízes que usam no seu dia a dia ou para comercializar aos que, tendo abandonado as zonas rurais, não se desfizeram dos hábitos alimentares e das memórias do seu tempo.

Surgem aqui os menos atentos que podem confundir o arbusto cujas raízes é o conhecido "mbundi" ou "muxili" e o "kihutu", possuindo, ambas, folhagens muito parecidas.

O "kihutu" não é mais do que "feijão-maluco" que, quando as folhas secam, pode dar uma dolorosa comichão a quem nelas se encoste.

O "kihutu" foi nossa tortura involuntária nos tempos de infância, sempre que fôssemos à caça de "kambwiji", lebres e pequenos antílopes. A pressa em vigiar e apanhar os animais que fugiam das queimadas, o fumo do capim acabado de arder e a desatenção faziam com que algumas vezes passássemos em território "minado" por este vegetal, resultando em uma comichão e coceira de caçar pulgas.

Se estiveres à procura de "mbundi" ou "muxili", raízes cuja seiva se adiciona ao rolão ou outros componentes para a produção da saborosa kisângwa, tome cuidado! Pode pôr a mão em "kihutu", o feijão-maluco, e sair daí endoidecido de dor. Procure sempre por um mais velho residente permanente e conhecedor da planta. Nunca vá sozinho à mata à procura de qualquer coisa que seja.

Umona akwambila s'ovita! ¹
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1- Uma criança deve acatar conselhos!

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Texto publicado no JE&F de 13 de Setembro 2024