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quinta-feira, setembro 29, 2011

OS 4 B´S DO "MANDA-CHUVA"E OS "GEORGE WASHINGTON´S" DO POVO

Sem demérito ao trabalho alheio e a benevolência ou espírito beneficente que possa assistir entre os "papões grandes" da nossa "política activa", gostaria de entender e saber: onde os 4 B´$* do M retiram o dinheiro com que se fazem "passear" a arregimentar aduladores?

É "tanta parra para tão pouca uva", ou seja, é tanta oferta/esbanjamento para tão inexistentes/desconhecidas empresas geradoras de tais dinheiros.

Não andarão por aí alguns Chico-Espertos a buscarem deificações a custa de dinheoro das contribuições sociais dos funcionários e trabalhadores honestos desta terra?

Por favor, gostaria de receber, aqui, apenas contribuições e relatórios gerenciais com os lucros das empresas dos 4 B´$ do Manda-Chuva que pasasam a vida a distribuir George Washington´s em tudo quanto seja acto público/político passivel de conter possiveis eleitores ou desertores do lado oposto.

Alguém mostra a "mutondo wa falanga"* desses camaradas?

*- árvore de dinheiro, em Cokwe.

sábado, setembro 24, 2011

Quem fez, Quem impediu fazer e Quem deixou de fazer?

O que se reproduz nas linhas que se seguem são vozes que ecoam por tudo quanto é submundo. Lá onde a miséria abunda. Nos kandongueiros e no comboio rafeiro, nos autocarros da Tcul, nos komba-ditôkwa, nas casas de kimbombo e kapuka, nas casas de prazer que deixaram de existir apenas no famoso B.Ô., nos corredores ministeriais (à surdina), nas praças do povo (que saudades do Tira Bikini, Ajuda-Marido, Cala-a-Boca, Corridas e mais tarde o falecido Roque Santeiro), nos comícios (onde uns levantam o braço na hora do viva mas baixinho dizem abaixo), nos debates universitários onde a verdade impera sobre o “politicamente correcto”, no enfim, etc.

O resumo dos últimos debates e reportagens trazidos pela media (privada angolana) pode ser sintetizado nas perguntas e respostas que se seguem:

- Quem trouxe a corrupção em Angola, foi Agostinho Neto?
- Nãããooo!

- Foram os seus sucessores?
- Nim! (quando não é silêncio).

- Quem destruiu o país, foi a oposição?
- Nim! (e perguntam-se qual, como, porquê e com quem)

- Quem deixou de governar para as próximas gerações?
- O Governo!

- E para quem Governa a liderança do país?
- Para as próximas eleições!

- Qual é o discurso mais vezeiro?
- Nós fizemos… Na medida do possível, vamos/estamos a fazer… Eles só criticam e nada fazem para além de terem destruído o País…

- De que mais se queixa a oposição?
- Houve roubo de votos… Estão a perpetrar uma nova fraude…

- Que mais os angolanos vêm dia após dia?
- Uns (poucos) cada vez mais ricos e outros (muitos) cada vez mais indigentes.

- Que faz a oposição?
- Finge que não vê e reboca-se às manifestações dos miúdos descontentes.

- Que país tem o Banco Central mais aberto do mundo?
- Angola!

- Que país tem uma Alta Autoridade Contra a Corrupção, Lei da Probidade Administrativa, Tribunal de (faz) de Contas e outros diplomas que nunca foram aplicados?
- Angola!

Porquê?
- Porque o legislador é adulador do ladrão. Serve-se da ladroagem e a aplicação da lei pode significar fim dos dois!

- Qual é o tempo de trabalho para que se atinja a reforma?
- 35anos de efectividade!

- E porquê que os primeiros dirigentes do Pais, que já tem 36 anos de independência, ainda estão no Governo?
- Porque estar no Governo é estar de bem com a vida!

- E o que é estar de bem com a vida?
- É estar sempre a somar para o bolso, subtraindo do povo!

- O que dizia Agostinho Neto a propósito do povo e do Partido?
- O MPLA é o povo e o Povo é o MPLA!

terça-feira, setembro 20, 2011

DIREITO À MANIFESTAÇÃO TRANSFERIDO PARA A "CASCA DA ROLHA"

As manifestações em Luanda, doravante, só em Cacuaco, Chicala, Ilha do Cabo, Cazenga, Zango, Benfica e etc. A decisão do Governo da Província foi ontem difundida pela media. 

O 1º de Maio fica reservado a "sei lá quem é".

Aguardemos pelo 24 de Setembro, data da grande manifestação prometida pelo Comité Provincial do MPLA de Luanda e lá se saberá se quem tem, doravante, direito a manifestar-se no 1º de Maio e noutros locais da cidade capital.

sexta-feira, setembro 16, 2011

COMO DAR A VOLTA AO LÁPIS AZUL

Na constância de um forte “lápis azul” a inteligência e astúcia jornalística acabam sempre por encontrar uma brecha. É que nem o temível António de Oliveira Salazar e a sua temível PIDE/DGS foram capazes de travar o vento com as mãos, impondo uma forte censura nas artes e no pensamento.

Cá, entre nós, há bons exemplos como o que se segue:

ANGOP, 04-09-2011 14:58, Luanda.
“TPA repudia tentativa de agressão de seus profissionais por manifestantes
Luanda - O conselho de administração da Televisão Pública de Angola (TPA) condenou hoje, em Luanda, a tentativa de agressão a que foram alvos, sábado, os seus profissionais por parte de jovens manifestantes no largo da independência.

Numa nota de repúdio, a TPA refere que esta atitude fere o princípio do livre exercício da actividade jornalística. "A TPA repudia a acção e lembra que ela fere o direito dos telespectadores de serem informados", sublinha o documento.

A direcção da TPA solidariza-se também com os profissionais da RTP que de igual modo foram vítimas desta acção.

A manifestação é da iniciativa de uma organização de cariz político, designada Movimento dos Jovens Estudantes Revolucionários”.

Afinal, embora se tenha explorado um dos piores ângulos, sempre se falou de uma manifestação ocorrida em Luanda, o que não deixa de pontuar na tabela daqueles que queriam tornar a marcha conhecida pelo mundo fora.

segunda-feira, setembro 12, 2011

UM MABOQUE AGRIDOCE

Não sou muito apreciador de Maboques, muito menos os que o grupo Cesar & Filhos atribui anualmente aos jornalitas.

As minhas razões para tal são simples e resumem-se no seguinte:
1- Por o prémio principal ser dedocrático e beneficiar, grande parte das vezes, pessoas que "servem/serviram a sala" como razão principal da escolha (salvaguardado o mérito de alguns).
2- Por se ignorarem sempre os homens e mulheres da Angop que "muito fazem e nada saboreiam"
3- Por se ignorar, de forma reiteirada, o jornalismo digital que já dá cartas e provas suficientes,
4- Por os demais maboquinhos (categorias) serem atribuídos com o simples sentimento de "distribuir o bem pelas aldeias", como que buscando um equilíbrio político.

Esta edição, de 9 de Setembro, teve, porém, um sabor diferente. Uma jovem a quem tive o privilégio de ensinar o Lead acabou agraciada com um maboquinho de 4 rodas (viatura), o que me agrada e incentiva a ensinar outros Leads.

Parabéns, Zenilda Volola, pelo maboquinho, embora agridoce pelos motivos acima enumerados.

sexta-feira, setembro 09, 2011

Os 2 Biliões de USD e a Locomotiva de 1972 do CFB

Quase morri de susto quando tomei conhecimento da "boa nova", que nos foi passada pelo meu confrade Alexandre Cose, via facebook, segundo a qual "a locomotiva que puxa as carruagens do CFB do Lobito ao Huambo é já  velhinha, comprada pelo governo colonial português à General Motors, em 1972".

A linha ferroviária entre o Lobito e Huambo foi inaugurada no dia 31.08.2011, pelo Presidente angolano (JES), depois de reabilitada, tendo as carruagens sido adquiridas na África do Sul.

Tão linda como parecia na foto, fruto de uma pinturazita, e tão velhos que eram os seus componentes, só me deu mesmo vontade de pensar em Kristo (músico angolano) e na sua querida Ngaxy (cuja chaparia por fora está bala, mas o motor está a babar óleo).

Retruquei: "Cose, não pode ser. Como é que inauguram uma linha ferroviária novinha em folha, compram novas carruagens à África do Sul e usam uma locomotiva de 1972"?

Muitos vieram dizer (comentaram no facebook) que "o mais importante é a linha férrea e a sua inauguração". Discordei e continuo a discordar. Não pode ser.

E, no calor do debate, um outro confrade, o Teixeira Cândido, colocou uma pergunta subreptícia a que ninguém repsondeu. Dizia ele: "que tal se lhe chegsse à mão um jornal escrito em 1972, diríamos que tem notícias"?

Mas, mais do que o comboio velho que, com certeza, terá de parar muitas vezes pelo caminho, o que me chamou a atenção foi a afirmação do Ministro Augusto Tomás, quanto aos gastos da empreitada de reabilitação e apetrechamento. Disse ele que foram 2 biliões de dólares gastos. E me pergunto, nestes dois bis também inclui o custo do comboio que os tugas deixaram ou o dinheiro das locomotivas que teriam de ser novas foi parar em uma quinta?

segunda-feira, setembro 05, 2011

"NOVAS MENTIRAS"

"O PAÍS ESTÁ CANSADO DE MENTIRAS"
  "PRECISAMOS DE MENTIRAS NOVAS"

São slogans Tugas que muito bem se podem aplicar à ex-colónia da África Austral (atlântica) que precisa de um Governo ao serviço das Próximas Gerações em vez das próximas eleições!

sexta-feira, setembro 02, 2011

O PATRIOTISMO E A PRESTAÇÃO ANGOLANA NO AFROBASKET

São inúmeras as vozes que se levantam e se dizem desagradadas com a prestação do nosso cinco nacional na camapanha basquetebolística "Madagáscar 2011". Tais vozes, algumas até dotadas de capacidade racional, vêm apregoando que "houve um fraco empenho dos rapazes em campo", quando não atribuem culpas à equipa técnica e federativa.

Daqui, da minha esquina, onde com olhos "jukulados" vejo o possível, enchergo que é preciso dividir as culpas. Ou melhor, desculpabilizar os jogadores que tudo fizeram para trazer a taça e até mesmo a federação. E argumento:

1- Chegar à segunda posição do afrobasquet, embora engatinhando, é obra.

2- Se Angola, enquanto detentor do ceptro, treinava 30 minutos por dia, para manter a forma e revalidar o título, convenhamos saber que os candidatos dobraram o tempo para aparecer em melhor forma do que os "ADVERSÁRIOS A ABATER".

3- Se os dirigentes/governantes angolanos se davam ao luxo de contrair uns "kilapis" aos jogadores, mesmo sabendo que isso podia criar algum descontentamento ou no mínimo esmorecimento, os candidatos ao trofeu fizeram o inverso: Pagaram e motivaram mais do que nós.

4- Se os nossos políticos interferiram nos assuntos técnicos para que os "refilões" ficassem de fora da convocatória, para não criarem um mau clima, os outros deixaram a política com os políticos e o basquete com os basketebolístas.

E há muito mais que se pode dizer. O que é mau, e sabe-se, é que na hora de interferir os políticos mandam recados sob a capa de "orientações superiores", puxam para si as vitórias quando acontecem e descartam-se das responsabilidades pelos recados emitidos quando a coisa vai para o torto. Seria bom que os homens dos recados aparecessem e mostrasem a cara assumindo também a co-responsabilidade no "descalabro".

Por fim, é preciso tambem notar que a perda de uma final não é o fim do poderio do nosso basquetebol. Para mim foi apenas uma batalha perdida. Não fica bem, nem é elegante, afirmarmos que o segundo lugar conseguido em Antananarivo significa o fm da nossa hegemonia continental. Ainda temos forças que chegam para outros voos bem.

Busquemos uma analogia com o rei-futebol: O Brasil, selecção mundial mais tutulada,  não ganha todos os mundiais, mas em todos os campeonatos o Brasil é sempre Brasil e penso que no basquetebol africano Angola será sempre Angola.

Que assim seja!