São inúmeras as vozes que se levantam e se dizem desagradadas com a prestação do nosso cinco nacional na camapanha basquetebolística "Madagáscar 2011". Tais vozes, algumas até dotadas de capacidade racional, vêm apregoando que "houve um fraco empenho dos rapazes em campo", quando não atribuem culpas à equipa técnica e federativa.
Daqui, da minha esquina, onde com olhos "jukulados" vejo o possível, enchergo que é preciso dividir as culpas. Ou melhor, desculpabilizar os jogadores que tudo fizeram para trazer a taça e até mesmo a federação. E argumento:
1- Chegar à segunda posição do afrobasquet, embora engatinhando, é obra.
2- Se Angola, enquanto detentor do ceptro, treinava 30 minutos por dia, para manter a forma e revalidar o título, convenhamos saber que os candidatos dobraram o tempo para aparecer em melhor forma do que os "ADVERSÁRIOS A ABATER".
3- Se os dirigentes/governantes angolanos se davam ao luxo de contrair uns "kilapis" aos jogadores, mesmo sabendo que isso podia criar algum descontentamento ou no mínimo esmorecimento, os candidatos ao trofeu fizeram o inverso: Pagaram e motivaram mais do que nós.
4- Se os nossos políticos interferiram nos assuntos técnicos para que os "refilões" ficassem de fora da convocatória, para não criarem um mau clima, os outros deixaram a política com os políticos e o basquete com os basketebolístas.
E há muito mais que se pode dizer. O que é mau, e sabe-se, é que na hora de interferir os políticos mandam recados sob a capa de "orientações superiores", puxam para si as vitórias quando acontecem e descartam-se das responsabilidades pelos recados emitidos quando a coisa vai para o torto. Seria bom que os homens dos recados aparecessem e mostrasem a cara assumindo também a co-responsabilidade no "descalabro".
Por fim, é preciso tambem notar que a perda de uma final não é o fim do poderio do nosso basquetebol. Para mim foi apenas uma batalha perdida. Não fica bem, nem é elegante, afirmarmos que o segundo lugar conseguido em Antananarivo significa o fm da nossa hegemonia continental. Ainda temos forças que chegam para outros voos bem.
Busquemos uma analogia com o rei-futebol: O Brasil, selecção mundial mais tutulada, não ganha todos os mundiais, mas em todos os campeonatos o Brasil é sempre Brasil e penso que no basquetebol africano Angola será sempre Angola.
Que assim seja!