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sexta-feira, dezembro 31, 2010

A FECHAR

Anexo e casa mãe
Acontece o dealbar do ano de 2010. Para uns foi demasiadamente longo, para outros, e é o meu caso, foi demasiadamente curto. "Faltaram dias". Tenho a casa por concluir a primeira fase (rés-do-chão) que me permitirá para lá mudar. Por isso seria bom que o ano de 2010 tivesse mais uns trinta dias. Porém, como ninguém pára a marcha do tempo contento-me com as realizações que me enchem de orgulho.

1- A realização do meu sonho enquanto jornalista que foi "O Sonho de Kaúia", um romance publicado a 17 de Dezembro. Melhor prenda dada por mi mesmo nunca tive.

2- Aquisição de uma parcela de terra no Km-30, ao Benfica, para auto-construção. Foi outro marco da gestão responsável dos parcos.

3- Já acima citada, a continuação da "obra" e a construção do anexo contíguo (foi tudo em 2010 e aguarda apenas pelo betão da laje).

4- A família que entre desencontros e encontros ficou "reencontrada".

5- A "Sombra do amanhã". A futura quinta deu frutos, os primeiros.  Vai, aos poucos, crescendo o terreno lavrado e vão, aos poucos, crescendo as laranjeiras, tanjarineiras, os limoeiros, mangueiras, bananeiras, abacateiros, etc.

6- Os meus amigos de peito. São muitos que me torno ingrato para alguns se os citar pelos nomes. Todos úteis à medida. Ressalva para o Beto Spina (que nem o cão e o amo), o José Caetano (tornou possivel o "Sonho"), o Kota Armando Graça (que pena que ele não esteja mais a atender as minhas provocações)...

7- Os meus leitores. Estes, com os elogios e críticas (mesmo as mais bizarras) ajudam-me a rever o pensamento e a prosa. O meu muito obrigado e critiquem mais em 2011.

terça-feira, dezembro 28, 2010

OS CAMINHOS DO DESENVOLVIMENTO RURAL

Angola, apesar de pouco habitada, debate-se com a existência de numerosas "pequenas comunidades rurais" que se defrontam com carências de vária ordem como: crianças fora do sistema de ensino, assistência médica, água potável, entre outras.

Os governantes estão atentos a isso e tudo fazem para inverter a situação, mas a dispersão de pequenas comunidades isoladas umas de outras dificultam a instalação de equipamentos sociais comunitários.
  
"Há aldeias com apenas vinte famílias ou menos e distanciadas das outras por muitos quilómetros. Como construir uma escola numa aldeia com mennos de 30 crianças"? A pergunta de um governante (identificado)triste com o que viu ilustra bem o longo cxaminho que há por trilhar para que o bem-estar social chegue aos confins do território.

Para esta empreitada os sobas (autoridades tradicionais) são chamados a pôr de parte os seus antagonismos e egoísmos, juntando as comunidades de modo a torná-las numerosas e possibilitarem a instalação de escolas, centros ou postos médicos, fontanários, postos policiais, campos para a prática desportiva e outras benfeitorias.

Um dos modelos que está a ser ensaiado, e que pode trazer bastante sucesso na operação de aglutinação de comunidades, é a manutenção dos sobas das anteriores aldeias geminadas.

"Os mais velhos continuam a ostentar o título tradicional, a usufruir dos mesmos direitos perante o seu povo e o Estado, mas abandonando o aldeia e juntando-a à outras(s). Só assim consegui(re)mos ter aglomerados suficientes para a extensão dos serviços básicos de educação, saúde e água para todos. Doutra forma, avança a fonte, continuaremos a ouvir as mesmas reclamações e a prometermos soluções sem nunca as atingirmos" disse o responsável político a que vimos citando.

Províncias como o Kuanza-Sul e Lunda Sul já trabalham neste sentido, apelando as pessoas que vivem em aleias minúsculas a juntarem-se a outras de modo a engrossar o efectivo populacional. Pedra Escrita, no Libolo (Kuanza Sul), é um exemplo bem conseguido de aglutinação de pequenas aldeias anteriormente dispersas e já conta com uma escola de treis salas de aulas, um jango cmunitário e um posto médico em construção, ganhos impensáveis a anos quando as comunidades que constituem a actual aldeia estavam ainda espalhadas pelo sertão.

Na Lunda Sul, nasce na localidade de Muandoji (município de Saurimo) uma nova aldeia geminada com a de Caíta e estão em construção uma nova escola, um posto médico, posto policial, campo para a prática de despostos de salão,  fontanário e outras benfeitorias. As autoridades desdobram-se em apelos às outras populações para se juntarem e constituirem bairros maiores "que permitam o governo trabalhar". É essa a luta que deve ser levada a cabo em todo o interior de Angola e são esses os caminhos, a meu ver, por que deve  passar o Desenvolvimento Rural.

sexta-feira, dezembro 24, 2010

LUAU: TÃO DISTANTE E TÃO LINDO

Quando o comboio de Benguela chegar ao Luau os seus passageiros já encontrarão um sítio em condições para comer e se albergarem. Trata-se do Hotel que a foto mostra. Tem Tv por satélite e mobília de qualidade.

Apesar de ser o ponto mais distanciado do Atlântico angolano, o Luau cresce a olho nú. Quem por lá tem estado sabe disso. Eu vi e por isso narro neste espaço.

segunda-feira, dezembro 20, 2010

KAÚIA JÁ VENDE (SONHO)

Aconteceu a 17.12.2010 o lançamento do romance "O Sonho de Kaúia".
A critica foi eficaz. Manuel Muanza, mestre em literaturas africanas e professor universitário, encarregou-se da empreitada.

Em breves palavras e sem querer deturpar “a exposição sintética do conteúdo”, o mestre em Literatura Africana disse que a obra de Soberano Canhanga, pseudónimo do escritor, projecta uma abordagem objectiva da realidade. A mesma, salientou, merece uma melhor investigação para se confirmar, ou não, tratar-se de uma narrativa autobiográfica. “Parece haver similitudes entre os traços do protagonista Kaúia e o autor”, observou, acrescentando que “a escolha feita pelo principal actor, ao prometer que seria jornalista quando adulto, evidência a suspeita de autobiografia”.

Segundo Manuel Muanza, sem seguir a ordem da história, o texto mostra ser um instrumento de denúncia social e de crítica a práticas que se tornaram preceito na sociedade angolana, isto é, a invasão do campo para cidade. Salientou que os problemas do quotidiano narrados no texto lembram a estética realista do século XIX, a qual transforma a linguagem culta do romantismo em fala formal.

In: JOrnal de Angola, 18.12.2010

O Sonho De Kaúia tem alguns indícios de história e comportamento social da Luanda actual dando a conhecer muitos factos reais e que poucos conhecem e despertar as pessoas para aquilo que se vive actualmente de anormal. Editada pela Mayamba, a obra teve uma tiragem de mil exemplares e está a ser vendida ao preço de Kz.2000 nas livrarias de Luanda.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

CONVITE LITERÁRIO

A Mayamba Editora anuncia o lançamento, na próxima Sexta-feira, dia 17 de Dezembro, no CEFOJOR – Centro de Formação de Jornalistas, do romance O Sonho de Kaúia, de Soberano Canhanga.

A apresentação estará a cargo do mestre em literaturas africanas e docente do ISCED Manuel Muanza.

Sobre o livro

O Sonho de Kaúia é a história de um jovem de origem humilde que promete ao pai iletrado, antes deste falecer, que seria jornalista. Depois de duro bregar, consegue materializar o sonho. Cumpre-se aqui o velho adágio: querer é poder! Nas sociedades em transição, como a nossa, quando um filho termina os estudos e consegue um emprego, significa ascensão social para toda a família. Kaúia, que também prometera à mãe voltar ao campo para ser caçador, não cumpre a promessa, mas, com os proventos do seu trabalho de jornalista apreciado pela chefia e respeitado pelos colegas de redacção, confere-lhe uma casa condigna para passar a sua velhice. Ao longo das 112 páginas, o personagem Kaúia assume-se como uma voz que verbera os desatinos da sociedade em que vivemos. A sua composição que serve de teste de admissão para a carreira de jornalista é bem revelador da sua capacidade de captar a realidade.

Sobre o Autor

Soberano Canhanga é pseudónimo de Luciano António Canhanga, jornalista, nascido no Libolo, Kwanza-Sul, há 34 anos. O seu sonho era o de se tornar engenheiro mineiro ou agrónomo, mas estudou jornalismo no Instituto Médio de Economia de Luanda (IMEL).

Estudando mais tardem Ensino da História pelo Instituto Superior de Cièncias da Educação (ISCED-Luanda) e em Ciências da Comunicação na Universidade Privada de Angola (UPRA), também de Luanda.

Trabalhou como jornalista na Luanda Antena Comercial – LAC, onde foi editor, e leccionou no ensino geral público, ao mesmo tempo que colaborava, publicando artigos e informações para vários medias angolanos e estrangeiros, com destque para RDP-África e Correio da Manhã, ambos de Portugal, Seminário Económico, Cruzeiro do Sul e Jornal dos Desportos de Angola.

É, desde há cinco anos, respons´vael pela comunicação institucional da Sociedade Mineira de Catoca, Lda.

Contacto do autor telemóvel: 923 55 86 51 Email: ; / contacto da Mayamba: 924 07 90 30.

Um excerto do livro:

Kaúia termina a sua composição, não sabendo ainda qual seria o parecer dos directores do jornal. É que o uso do português, segundo a receita encontrada na gramática de José Maria Relvas, está difícil, mesmo para jornalistas com já muita tarimba.
E esperou, ansioso, no sofá da sala de espera, até que o vi­gilante, Man-Xaxo, que fora transferido pela Njovoli para aquela empresa jornalística o convidou:
–Sr. Kaúia, o chefe ainda está a chamar. Parece que você vai ficar.
– Sério? – Questionou, num misto de alegria e descon­fiança.
– Sim senhor jornalista. Ouvi lá dentro. Discutiram muito. O director-geral Francisco Kitembo a dizer que vale a pena aceitá-lo e o Dr. Adão a negar… Mas a menina Isabel Antonina que fica ali na frente (apontava para o lugar da chefe de redacção) foi chamada a votar e desempatou…

Kaúia levantou-se e, endireitando a gola da camisa que mostrava um pouco de sujidade, provocada por suores mais internos do que externos, apresentou-se ao director Fran­cisco Kitembo que o recebeu com um abraço.

– Estás entre os nossos. Lemos a tua prosa e o teu esforço nos convenceu. Tens três meses de estágio remunerado e já podes assi­nar. – Sentenciou o director.

– Obrigado, Sô ‘tor101. Obrigado mesmo. Foi sempre o meu sonho. – Agradeceu.

Kaúia conseguiu ter, mesmo sem os processos transitados na Direcção de Recursos Humanos, um assento na redac­ção, ambiente que lhe parecia meio estranho com homens e mulheres mantendo conversas sem tabus. Parecia-lhe que as senhoras eram todas sem pudor e sem vergonha, abor­dando assuntos sem filtro. Todos tratando-se por tu…

Os primeiros seis meses de jornalismo deram-lhe as fer­ramentas práticas que não possuía. Depois foi só deslizar como as águas calmas do Kuanza à jusante. Kaúia tinha uma grande queda para as crónicas e artigos que alegravam os directores Kitembo e Carlitos Adão.

– Uma boa aposta. – Reconheciam, sempre que passassem a pente fino o crescimento de uns e a estagnação de outros jornalistas mais antigos na casa.

– Esse rapaz tem futuro! – Desabafavam vezes sem conta.

Kitembo e Carlitos, amigos desde a infância no Sete e Meio, viam em Kaúia o irmão e companheiro que lhes fal­tava. Sempre que se recordassem da adolescência notavam a ausência de alguém para preencher o puzzle. Era Kezito, por sinal também amigo de infância de Kaúia, desapareci­do nas curvas e contracurvas da vida. E Kaúia, que muito cedo se encaixou naquela dupla de exímios profissionais de imprensa, preencheu a vaga de Kezito, sendo-lhe con­fiada a página “REGIÕES”, tão logo completou um ano de casa.

Ser repórter e editor da página que fala sobre o esta­do das províncias e das localidades proporciona-lhe muitas viagens ao interior que aproveita com mestria, fugindo da prisão em que se tornou Luanda, onde as torres engolem todos os dias os campos do trumunu, os parques infantis e os jardins que ainda resistem aos maus-tratos da população. Até os namoros da miudagem perderam a graça doutros tempos. No que se constrói à volta, amplamente difundi­do como Centralidades, não passa de outras prisões mais apertadas ainda. Eram quarteirões murados e vida privada amplamente vigiada.

– Então meu! Estão a abrir candidaturas para a Zona Leste. Vais aderir ou preferirás continuar no gueto? – Perguntou-lhe certa manhã o director de informação, Carlitos Adão, que já mora no New Life.

Viver no New Life e nas Centralidades dá um novo esta­tuto social. As camisas normais ganham a companhia dum casaco e gravata, mesmo que conseguidos na zunga. É a nova forma de aparecer e transpirar intelectualidade. Mas Kaúia não é desses complexos.

– Não chefe. Vou remodelar a casa que a velha me deixou no Rangel e investir no campo. Sabe, é lá que ficou o cordão… – Respondeu com convicção.

Mesmo com a vida remendada e frequentando o campo, Kaúia não pôde ir às caçadas e satisfazer a velha promessa feita à mãe na infância, mas conferiu-lhe uma casa em con­dições e uma velhice tranquila.

domingo, dezembro 12, 2010

UM ALBERGUE CHAMADO PONTE

A imagem mostra a passagem superior sobre a estrada Deolinda Rodrigues, à Terra Nova, em Luanda. É dia de chuva, 24 de Novembro. Muitos, como eu, foram surpeendidos pela queda pluviométrica e nem de capas de chuva se faziam transportar. E, como a solidariedade deixou de fazer morada entre nós, nada melhor do que usar a cobertura da ponte para evitar um banho maior, enquanto outros afoitos procuravam por refúgios junto aos alpendres dos edifícios contiguos à estrada.

Afortunados, os zungueiros, faziam a sua candonga, conhecendo as capas de chuva uma procura impressionante. A nossa sorte, Mociano e eu, foi que o Beto Spina, levava consigo duas capas de chuva o que nos permitiu comprar apenas uma. E fomos até ao km 30 do Benfica onde São Pedro tinha decretado umas férias temporárias. O bairro em emergência estava totalmente seco e poeirento.

sexta-feira, dezembro 10, 2010

SONHO DE KAÚIA JÁ É REALIDADE


Já está editado pela Mayamba editora.
O lançamento acontece no dia 2o de Dezembro de 2010 em Luanda.

Sinta-se convidado, ganhe autógrafo e, acima de tudo, uma rica prosa histórico-social.

Cento e vinte páginas ao preço de Akz 1500,00 vale a pena.

Conto consigo.

quarta-feira, dezembro 08, 2010

KANJALA: QUEM TE OUVIU E QUEM TE VÊ

KANJALA, significa fome, na língua nacional umbundu. Geográficamente é uma localidade da província de Benguela, na estrada que liga o Sumbe ao Lobito.

Kanjala foi uma torradeira de viaturas e de vidas humanas. Um local predilecto da guerrilha levada a cabo pela UNITA  até à paz conseguida em 2002, tornando-se na localidade mais perigosa e temida ao longo das estradas do litoral angolano.

Antes da reconstrução da estrada nacional, as proximidades da localidade de Kanjala eram um amontoado de viaturas abatidas pela guerrilha, fantasmas de almas mal acolhidas e corpos insepultos. Um lugar que metia medo e que levava a questionar quão desumanos tinham sido os homens... Hoje Kanjala é a paragem obrigatória de quem vai ao Lobito/Benguela ou de quem de lá sai em direcçào ao Sumbe/Luanda. É local de venda de produtos do campo e de gente alegre.

- Oh mano, ainda compra só ginguba. É boa!
- E galinhas vais mesmo deixar?
- Compra também mandioca. OLha que na kanjala não tem e em Benguela é ainda mais pior ...

Expressões como essas inundam o ouvido do viajante quandoi se para na localidade de Kanjala que muita fome de paz teve nos dias de fogo.

Hoje a fome é outra: É do crescimento e desenvolvimento. E esta, felizmente, vai sendo saciada.

Kanjala já não tem carros abatidos ao longo da estrada. Foram todos retirados dalí para muito longe. Os que se vêem ao longo da rodovia são d'outra guerra: da pressa, da imprudência e da imperícia ao volante.

Data da Foto: XVIII.XI.MMX

domingo, dezembro 05, 2010

VENDO BEM AS RAZÕES DO GUIA IMORTAL

O jargão "um só povo e uma só nação" encerra em si alguma utopia quando analizados os níveis de coesão implantados pelos movimentos de libertação nacional e os níveis de distensão há muito semeados pela colonização.

Embora se esforçasse em manter um amplo território sob seu domínio a que acabou por designar por Angola, a colonização lusa sempre tratou os autóctones que habitam o que é hoje a República de Angola segundo a sua origem e tribo. Assim é que encontramos na literatura daquele tempo expressões discriminadoras como bailundus, kiocos, kimbundus, kuanyamas, bakongos, etc. para se referir a grupos etnolinguísticos e culturais, dos muitos que há no país.

Neste mar de desprezo apenas as organizações cívicas e os religiosos protestantes se oposeram ao  tratamento xenófobo. Os protestantes e outros iluminados pelos ventos libertadores procuravam tratar os povos angolanos como pertencentes a uma única unidade que é Angola, incutindo neles também o sentido de Nação.

Os movimentos de libertação, cuja emergência data das décadas de cinquenta e sessenta do século vinte, embora tivessem como horizonte um Estado Unitário, debateram-se com sérios problemas relativos às suas bases de apoio, origem dos líderes e zonas de implantação.

A UPA- FNLA surgida no Norte dificilmente atingiu o Centro do território. A UNITA criada no Leste/Centro teve dificuldades em atingir o Norte. O MPLA foi o que mais esteve próximo de aglutinar  simpatias por todos os quadrantes do território, por ser o que mais intelectuais congregava, sobretudo no exterior, conseguindo implantar-se no Litoral, Norte e Leste e com importantes bolsas no Centro (Huambo, Huila, Bié etc).

Conseguida a independência em Novembro de 1975, com o país (República Popular de Angola) mergulhado em guerra civil que opunha os três movimentos de libertação (apoiados por forças externas),  que em teoria representavam em larga escala os ambundu (MPLA), bakongo (FNLA) e ovimbundu (UNITA), uma das soluçções ensaiadas pelo Guia Imortal e comandante das FAPLA foi a de procurar a coabitação entre povos de diferntes procedências, o que criou uma espécie de crioulismo tribal e efectivo sentimento de angolanidade.

Jovens procedentes do Sul foram levados a cumprir o serviço militar obrigatório no Norte, junto de outros idos do Leste e Centro, e vice-versa. Esses cruzamentos criaram amizades e famílias com um sentimento cada vez mais nacional (já que delas brotaram filhos de país com origens diferentes) do que nos dias que antecederam a independência.

Hoje, apesar da tendência para a (re)valorização das origens e culturas locais, o angolano sente-se mais nacional e menos tribal, fruto da materialização do slogam lançado pelo Guia Imortal.
Cumprido este desiderato, já nos sentimos em condições de realizar o outro sonho de Neto manifestado no seu poema "Havemos de Voltar".

quinta-feira, dezembro 02, 2010

UMA NOVA SEDE ADMINISTRATIVA PARA MURIEGE

Esta é a nova instalação da administração comunal de "Yenue nuri eje" (vocês são gatunos), expressão mal entendida pelos primeiros tugas que por aí "aportaram" tendo baptizado a circunscrição com a denominação de Muriege.

A administração comunal não só se instalou em "nova casa" como também recebeu um novo imobiliário.

Para trás ficam os dias em que o administrador e a sua equipa tiveram de prestar serviço público em condições de acomodação menos dignas.

O ministro da defesa, Cândido Van-Dúnem, acompanhado do seu homólogo da agricultura e governantes da Lunda Sul e Moxico.

Muriege é comuna do municipio de Muconda, província da Lunda Sul.
Reportagem: 09.11.2010