Tido inicialmente como o boombo da festa, fruto da derrota frente ao D’Agosto, no no baptismo por 4-0, o Desportivo do Libolo é hoje quem mais “come” o calcanhar da equipa militar, separadas agora por apenas 4 pontos. Depois do empate na segunda volta do Girabola e afastamento dos militares da Taça de Angola, a equipa de Calulo, que aquando do apuramento foi tão somente o segundo da série B, é tão somente a surpresa deste campeonato.
Nesta 21ª jornada o Libolo foi ao terreno do Sagrada Esperança e apagou a luz de vitória dos diamantíferos, a quem derrotou por 0-1. Fruto desta “retumbante” vitória, os comandados de Luís Mariano não só consolidaram a terceira posição do campeonato, como 37 pontos, como também já acendem o piscas para encostar-se ao D’Agosto que, em caso de deslize, pode ver ameaçado o segundo lugar que ostenta.
A contar com a moral elevada dos libolenses, posso mesmo afirmar que é muita pena termos o campeonato já no fim e os pontos ainda em disputa isentarem confrontos directos entre o Libolo e os militares do D’Agosto e os petrolíferos de Luanda que seguem no comando na nau.
Com grandes possibilidades de vencer a Taça de Angola, segunda competição futebolística mais importante do país, onde já não se encontram nem os militares nem os petrolíferos, a equipa das terras do Café, o Libolo, rapidamente se desfez do casaco de dependente de pontos para se tornar no temível “tomba gigantes”, sobretudo nesta segunda volta do Girabola.
Quem se sente feliz em receber o Libolo, quer em sua casa, quer em casa alheia? Sedentos de pontos, os conjuntos da cauda jamais o desejariam. Temerosos em perder os lugares que ostentam, igualmente não o desejariam os “mandões” da fila. E assim o Libolo vai fazendo o seu campeonato perante 13 “aflitos”.
Para 22ª jornada do Girabola em que o Recreativo do Libolo recebe em sua casa o Santos FC com 34 pontos.
Apenas duas perguntas se colocam: Terá o Santos força para impor a segunda derrota caseira aos libolenses ou será desta que o Libolo atinge o quadragésimo ponto?
Sabendo que a equipa de Calulo vem moralizada da última jornada em que venceu fora de casa, igual proeza conseguida pelo Santos que venceu os petrolíferos do Huambo, adivinha-se um jogo de “roer e doer”.
- Falta pouco e quem viver verá!
Luciano Canhanga